A Lenovo apresentou hoje os seus resultados financeiros relativos ao primeiro trimestre do seu ano fiscal, correspondendo de abril até junho. A empresa contabilizou receitas de 12,9 mil milhões de dólares, o que significa uma descida de 24% em relação ao mesmo período homólogo de 2022, mas um ligeiro crescimento face ao trimestre anterior que tinha registado 12,6 mil milhões de dólares. Os lucros líquidos foram de 191 milhões de dólares no trimestre, uma quebra de 66% face ao ano anterior.
As quebras das receitas globais são as mesmas do trimestre anterior e estão relacionadas com a quebra do mercado de PC, assim como o abrandamento na procura de servidores pelos fornecedores de serviços cloud.
Numa chamada à imprensa, Alberto Ruano, diretor executivo da Lenovo Ibéria, salienta que as atividades não relacionadas com os computadores pessoais já representam 41% das receitas da empresa. O PC ainda continua a ter o maior peso de 59%, mas a empresa está cada vez menos dependente deste segmento, uma vez que no mesmo período homólogo do ano passado apenas 37% das receitas eram “não PC”. Salienta que o a conjuntura atual da indústria ainda é desafiante. A Motorola, por exemplo, tem a sua faturação na parte relacionada a “não PC” e que contribuiu para o crescimento desta área de negócio da empresa.
De um modo geral, no que diz respeito às receitas por geografia, os mercados dos Estados Unidos e America Latina continuam a ser dominantes, com 37%, seguindo-se o território EMEA com 24%, a China com 22% e Ásia-Pacífico com 17% da distribuição do seu negócio.
As despesas de operação baixaram 11% e o seu inventário foi reduzido em quase 3 mil milhões de dólares para 5,9 mil milhões de dólares, com o ajuste acelerado das matérias-primas. Esse excesso de inventário é referido como grande impacto nas restantes empresas e que a sua redução no caso da Lenovo “é muito bom para a nossa rentabilidade”, disse Alberto Ruano.
O Grupo Lenovo diz que está otimista para os próximos trimestres, referindo que o mercado PC vai voltar a crescer, devido à redução de preço dos componentes. A empresas pretende investir mil milhões de dólares em investigação e desenvolvimento para os próximos três anos, sobretudo com o lançamento de soluções de IA.
O SSG (Soluções e Serviços) continua a crescer, contribuindo com grande parte nas receitas da empresa. Espera que durante 2026 os serviços TI possam crescer em dois dígitos, incluindo soluções de workplace digitais, de cloud híbrida e soluções de sustentabilidade. Obteve um recorde nesta área para o primeiro trimestre, crescendo 18% face ao mesmo período do ano passado, somando 1.713 milhões de dólares de receitas.
Quanto à área ISG dedicada a infraestruturas, as receitas das soluções de armazenamento cresceram 120%, o software cresceu 50% e serviços 11%. Também as receitas relacionadas com a computação de alta performance (HPC) cresceram 45%.
A empresa está bastante otimista para o crescimento desta área. Ainda assim, houve um decréscimo face ao trimestre anterior de 2,2 mil milhões de dólares no quarto trimestre, para 1.914 milhões no primeiro trimestre do seu ano fiscal. A empresa diz que é o número 1 no ranking de preços de armazenamento, líder de mercado HPC no Top 500.
No segmento IDG, que inclui os computadores, a empresa diz que se manteve em primeiro lugar a nível global, com 23,2% da quota do mercado. Na parte mobile, que inclui a Motorola, registou um recorde nos últimos 10 anos, graças ao reforço do segmento premium, aumento de inventário e posicionamento no mercado 5G. Em Espanha, subiu 40% da faturação face ao trimestre anterior. No geral, os smartphones registaram um crescimento de 8% face ao período do ano passado.
Ainda assim, a empresa diz que as receitas desta área de negócio IDG baixaram 28% face ao ano passado e as receitas operacionais caíram 6,3%. Mas houve uma recuperação face ao trimestre anterior, de 9.796 milhões de dólares para 10.261 milhões de dólares. No período homólogo do ano passado a empresa tinha faturado 14.274 milhões.
A empresa diz que tem um plano de crescimento de três anos para o portfolio de smartphones e estratégia passa também por Portugal. Em esclarecimento ao SAPO TEK, a empresa está otimista com o crescimento que os modelos da Motorola estão a registar em Espanha e que a fabricante tem vindo a negociar com os retalhistas em Portugal para expandir a sua oferta também no país.
Nota de redação: notícia atualizada com mais informação. Última atualização 12:01.
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