Depois de vários anos em que a presença em Portugal foi gerida a partir do mercado ibérico, e com os anos de crise após 2008 a obrigarem a uma retração do investimento no mercado nacional, a Lenovo volta agora a entrar em Portugal, definindo desde já uma meta ambiciosa.

O TeK já tinha escrito sobre a nova estratégia e a meta de chegar ao segundo lugar no mercado empresarial, objetivos que foram hoje detalhados por Miguel Coelho, Business Manager da Lenovo Portugal, em conferência de imprensa.

"Achamos que este é o momento de voltar [a apostar no mercado português]", explica Miguel Coelho, lembrando que as empresas precisam de renovar os investimentos em soluções de TI depois de três anos de retração provocados pela crise económica que adiou a renovação do parque de computadores.

Apesar da falta de presença direta em Portugal a Lenovo mantém uma quota de mercado de 8,2% nos computadores empresariais e está em quarto lugar, muito próxima dos concorrentes mais diretos, mas longe da primeira posição, onde a HP se mantém isolada com 42,5% das vendas. Miguel Coelho mostra-se otimista em aumentar a quota de mercado para os dois dígitos e conseguir ultrapassar os concorrentes mais próximos, confiante na linha de produtos da Lenovo e na estratégia traçada para o mercado.

A Lenovo tem dois distribuidores em Portugal, a CPCdi e a Techdata, e é no trabalho com estes parceiros que vai basear a estratégia de crescimento, procurando alargar o número de revendedores nos quais tem oferta e desenvolver também o negócio das pequenas e médias empresas.

Tal como acontece noutros mercados, o negócio da Lenovo passa quase na totalidade pelos distribuidores e é desta forma que será definida a estratégia m Portugal, mas Miguel Coelho definiu também objetivos para aumentar o número de revendedores certificados e conseguir abordar o mercado do Estado e da Educação.

Atualmente as grandes contas são responsáveis em Portugal por cerca de 70% das vendas, com as PMEs a absorver apenas 30% do volume de equipamentos onde dominam os desktops e workstations enquanto os notebooks têm ainda uma representação abaixo de um terço. Mudar este equilíbrio está também nos planos da Lenovo que quer ganhar espaço para as soluções de servidores, especialmente depois de concretizar a aquisição da área de x86 da IBM, e também com os tablets.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico