A Intel fechou o segundo trimestre com lucros de 2,89 mil milhões de dólares (2,27 mil milhões de euros). A última vez que os resultados líquidos da empresa ultrapassaram os 2,5 mil milhões de dólares corria o ano 2000 e o tempo ainda era de euforia nas dotcom (.com). Mas mesmo nessa altura a empresa nunca conseguiu atingir um lucro tão alto. Este é "o melhor em 42 anos de história", como a própria descreve.



O resultado torna-se ainda mais expressivo, quando colocado ao lado das perdas de 398 milhões de dólares sofridas pela empresa no mesmo período do ano passado, consequência do pagamento da multa de 1,45 mil milhões de dólares às autoridades europeias da concorrência por práticas monopolistas.



Para o mesmo período as receitas da empresa fixaram-se nos 10,77 mil milhões de dólares (8,48 mil milhões de euros). Paul Otellini, presidente da empresa, explicou ainda numa conferência telefónica que metade das receitas asseguradas pela empresa chegaram da Europa e da região Ásia-Pacífico, isto mesmo com o velho continente a registar um início de trimestre muito fraco.



Os resultados da empresa tiram partido de uma inversão na tendência que se verificava ao longo dos últimos anos, de não renovação no parque informático pelas empresas. Como justificou a própria fabricante, as organizações começam a renovar PCs com quatro e cinco anos, agora que encontram alguma margem na economia e nos seus próprios orçamentos. Controlando cerca de quatro quintos do mercado de processadores, a Intel é quem tira mais partido da mudança.



Terão igualmente contribuído para a boa performance da empresa, as melhorias tecnológicas levadas a cabo em diversas fábricas. Estes upgrades tecnológicos permitiram que a fabricante melhorasse a performance dos produtos e tornasse a sua produção mais barata.



Para o terceiro trimestre do ano, a decorrer entre Julho e Setembro, a empresa prevê atingir receitas entre os 11,2 e os 12 mil milhões de dólares.