A Intel apresentou ontem os resultados financeiros do primeiro trimestre do ano, reportando lucros de 3,2 mil milhões de dólares, um valor de 29 por cento superior ao desempenho registado um ano antes, que superou as expectativas da empresa e analistas.

Para além do que os números representam no que respeita à "saúde" da empresa, são um indicador de que apesar de todo o entusiasmo em torno dos tablets da forma como estes estarão "a transformar a indústria", existe ainda uma forte procura dos tradicionais PCs por parte do segmento empresarial, o que teve um impacto directo nas vendas de chips da marca, realçam os especialistas.

A líder no fabrico de semicondutores obteve, entre Janeiro e Março de 2011, receitas de 12,8 mil milhões de dólares, mais 2,5 mil milhões que no período homólogo, o que corresponde a um crescimento de 25 por cento de ano para ano, detalha ainda o comunicado oficial.

A empresa divulgou também as previsões para as receitas a obter no segundo trimestre, colocando a fasquia acima das estimativas dos analistas: 13,3 mil milhões de dólares. As consultoras tinham apontado para os 11,9 mil milhões de dólares.

Os bons resultados ficam principalmente a dever-se à forte procura de PCs no segmento empresarial, que ajudaram a colmatar os problemas associados aos erros no design de um novo chipset da marca, que terá custado à empresa cerca de mil milhões de dólares.

Entre os factores que terão influenciado negativamente os resultados encontra-se ainda um decréscimo da procura no mercado de consumo dos EUA e Europa, onde as atenções se concentraram nos tablets e os padrões de consumo foram também influenciados pelo clima de crise económica. No Japão, a procura também diminuiu reflectindo o sismo e o tsunami que abalaram o país.