A PT fechou os primeiros nove meses do ano com receitas operacionais de 4,9 mil milhões de euros, menos 1 por cento que em igual período do ano passado. Os lucros da empresa fixaram-se no mesmo período em 371,9 milhões de euros, valor que também representa uma quebra, neste caso de 14,2 por cento.

O resultado - que superou as previsões dos analistas - reflecte um aumento do valor das amortizações, relacionado com as operações no Brasil, nomeadamente os custos de migração da rede da Vivo para a tecnologia GSM e a consolidação da Telemig.

As receitas da rede fixa mantiveram-se no período em análise estáveis, totalizando 1,44 mil milhões de euros (0,7 por cento mais que no mesmo período do ano passado). Na nota à CMVM, a PT explica que isto se teve à diminuição da tendência de redução de linhas fixas e ao bom desempenho das ofertas triple play.

Nos primeiros nove meses do ano o número de desligamentos na rede fixa diminui em 80 mil, face aos valores apurados no ano passado. No mercado da banda larga o número de clientes aumentou 19 por cento, para um total de 816 mil clientes. Na TV por subscrição a empresa angariou no mesmo período 193 mil novos clientes, passando a gerir uma base de 505 mil clientes.

As receitas móveis recuaram 4 por cento (em Portugal) para 1,13 mil milhões de euros entre Janeiro e Setembro deste ano. Embora a TMN tenha aumentado a base de clientes em 5,2 por cento, para pouco mais de 7 milhões de clientes, a receita média por cliente diminuiu 11,3 por cento.

Os dados continuam no entanto a ganhar peso nas receitas de serviço da operadora e no período em análise já representavam 22,7 por cento. Na combinação entre móvel e fixo as receitas da actividade doméstica recuaram 1,4 por cento.

No Brasil o negócio móvel também teve perdas, 10 por cento para 1,26 mil milhões de euros.