A Portugal Telecom encerrou os três primeiros meses do ano com lucros de 211 milhões de euros, contra os anteriores 182,5 milhões de euros obtidos no período homólogo, o que lhe permitiu crescer 15,6 por cento. O EBITDA fixou-se nos 587,4 milhões de euros, registando uma queda de 5 por cento, justificada com o impacto das descidas nas taxas de interligação móvel e fixa.



Os custos operacionais aumentaram 19,6 por cento, para os 1,27 mil milhões de euros, assim como os custos com pessoal que também aumentaram 10,9 por cento para os 181 milhões de euros. Isto embora a força de trabalho em Portugal se tenha reduzido em 641 colaboradores para um total de 13.310 que representam 41,6 por cento do total de trabalhadores do grupo. Os proveitos operacionais fixaram-se nos 1,566 milhões de euros, registando um crescimento de 7,8 por cento.



Contribuíram positivamente para os resultados do grupo a boa performance no Brasil onde as receitas aumentaram 7,8 por cento para os 1,56 mil milhões de euros, com o maior crescimento a ser da responsabilidade da Vivo que registou uma subida nas receitas da ordem dos 31,7 por cento.



Nas operações domésticas, a TMN registou uma perda nas receitas de 2,2 por cento (para os 337,9 milhões de euros), enquanto no negócio fixo a diminuição de receitas se fixou nos 4,1 por cento para os 491,5 milhões de euros, fazendo com que ambas contribuíssem de forma negativa para os resultados consolidados do grupo.



Conforme explica o relatório e contas, os proveitos obtidos são consequência da redução nas tarifas de interligação observada no trimestre que terá penalizado a PTC em 9 milhões de euros e a TMN em 21 milhões de euros.



O número de clientes da rede fixa manteve-se praticamente inalterável entre Janeiro e Março (nos 4,4 milhões), enquanto o número de clientes móveis aumentou em 4,6 por cento para os 5,3 milhões. Na banda larga (ADSL e cabo) o grupo conseguiu aumentar em 25,3 por cento o número de utilizadores que passaram a fixar-se nos 965 mil. O ARPU total diminuiu 4,7 por cento para os 32,2 euros.



A PT Multimédia registou proveitos operacionais de 160,1 milhões de euros, num crescimento de 4,9 por cento. No final do trimestre a empresa acumulava 1090 clientes de cabo, mais 381 de satélite, valores que já descontam os 7 mil desligamentos efectuados no trimestre em resultado do programa de trocas para o novo sistema de encriptação.


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