O distribuidor francês Mandrakesoft e um conjunto de outras empresas de software livre assinaram um contrato de três anos, no valor de sete milhões de euros, com o objectivo de criar uma versão do sistema operativo Linux apta para receber o nível 5 da certificação de segurança da Common Criteria.



Este processo de certificação de segurança, reconhecido internacionalmente, está dividido por vários níveis (Evaluation Assurance Level), que numa lógica crescente asseguram níveis de segurança diferenciados e sequencialmente mais elevados.



A certificação, particularmente importante junto de clientes militares e governamentais, será uma das mais elevadas obtida por uma versão do sistema operativo open source. As versões da Red Hat e da Novell, por exemplo, recorreram à mesma certificação, mas posicionam-se no nível 3+, embora estejam a trabalhar na melhoria dos níveis de segurança obtidos em conjugação com a Oracle e a IBM.



O projecto liderado pela Mandrakesoft inclui ainda empresas como a Bertin Technologies, Surlog, Jaluna e Oppida sendo financiado pelo Ministério da Defesa francês, que junta ao distribuidor um laboratório independente, um fabricante de software e uma empresa de segurança, respectivamente.



A Microsoft recorre também ao mesmo nível de certificação conseguindo para já um nível 4 para o seu líder de mercado Windows.



Recorde-se que o governo francês admitiu recentemente estar a estudar alternativas ao software proprietário da Microsoft, no sentido de poupar custos e equilibrar as finanças públicas.



Neste sentido, o Ministro dos Assuntos Internos, Renaud Dutreil, admitiu à Reuters ser intenção do governo colocar a Microsoft em concorrência directa com outros fabricantes, abrindo o mercado da Administração Pública e priveligiando as poupanças de custos, referia numa entrevista concedida em Junho passado.



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