Devido à crescente popularidade das fotos e vídeos digitais durante as férias o mercado das câmaras digitais de gama baixa nos Estados Unidos aumentou cerca de trinta por cento em 2001, revelou um estudo publicado esta semana pela consultora IDC.

As vendas de câmaras com ecrã LCD (cristais líquidos) cresceu cerca de 6,5 milhões de unidades em 2001 comparando com os 5,4 milhões vendidos no ano anterior, confirmou um consultor da IDC, à publicação online C|net. No entanto, a venda dos modelos VGA simples, com um preço inferior a 100 dólares (116 euros e cerca de 23 mil escudos) e que não possuem um ecrã, diminuiu de 1,5 milhões de unidades para perto de um milhão de unidades, o que demonstra segundo Chris Cute, analista da IDC "o desaparecimento do mercado das câmaras VGA, sendo mais fácil para o consumidor despender mais 50 dólares (58 euros ou 12 mil escudos) ou 100 dólares (116 euros ou cerca de 23 mil escudos) para adquirir uma verdadeira câmara".

No último ano, destacaram-se alguns líderes de mercado como a Sony com 23 por cento de quota de mercado, a Olympus com 16 por cento e a Hewlett-Packard com 15 por cento.
No quarto lugar do ranking das vendas estava a Kodak em 2001, que no final do ano subiu para o segundo lugar, com 17 por cento de quota de mercado. O terceiro trimestre de 2001 foi bastante favorável para toda a indústria, tendo-se verificado, nesse período, mais de 40 por cento das vendas de câmaras digitais de todo o ano.

Aquele analista da IDC considera que a performance positiva da Kodak surgiu devido ao seu sistema proprietário EasyShare, que transfere e imprime fotos e inclui um processo de transferência e de ligação directa ao PC. A Kodak torna-se assim numa séria candidata para se tornar numa empresa vocacionada para o digital, o que exige trabalho para criar uma rede, encontrar os parceiros adequados "para construir uma infra-estrutura que torne estas câmaras fáceis de usar tal como têm sido as maquinas de película fotográfica", concluiu Chris Chute.

O mercado das câmaras digitais atingiu uma boa relação qualidade de imagem/preço no último ano. Estes periféricos com um preço na ordem dos 299 dólares (348 euros ou 70 mil escudos) a 399 dólares (464 euros ou 93 mil escudos), favoreceram principalmente os consumidores domésticos, oferecendo resoluções a partir de 2 megapíxeis ou superiores e com impressões satisfatórias de instantâneos fotográficos.

O verdadeiro desafio para os fabricantes destes periféricos de grande consumo é, na opinião daquele consultor, simplificar o modo de obter as impressões quer em serviços de armazenamento online ou em casa, pois mais de metade dos proprietários de câmaras digitais ainda usam câmara de película fotográfica para facilmente poderem processar ou imprimir. "A solução é convencer o consumidor que a câmara digital é uma coisa simples e engraçada de usar", confirmou Chris Cute.

Este aumento das vendas destes periféricos já tinha sido previsto por aquele organismo de estudos de mercado, numa base mundial. De acordo com um comunicado de imprensa datado de Agosto de 2001, publicado no site da Kodak, uma das empresas visadas, a IDC previa um crescimento global destes periféricos digitais de consumo na ordem dos 72 por cento, de 11 milhões em 2000 para 44 milhões em 2004, que assim adoptavam de vez a sua função de ferramentas essenciais de entretenimento e adaptadas a diversos estilos de vida.



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