Um novo estudo da Juniper Research aponta para gastos mundiais em comércio conversacional que podem ultrapassar os 39 mil milhões de dólares (cerca de 36,3 mil milhões de euros) já este ano. Em 2027 o mercado deverá valer 135 mil milhões de dólares (aproximadamente 126 mil milhões de euros).
Nessa altura, as previsões sugerem que 47% dos gastos estejam concentrados em canais over the top (OTT), como por exemplo o WhatsApp ou o WeChat.
Estas “super aplicações” fornecem cada vez mais e variados serviços numa única interface, destaca o relatório, nomeadamente transações financeiras e compras, além das mensagens, acabando por dar origem a interações comerciais mais envolventes.
O comércio conversacional baseia-se numa experiência de compra mais personalizada e próxima da comunicação natural. Assenta em vários meios de conversação com recurso a tecnologia de reconhecimento de fala, processamento de linguagem natural ou inteligência artificial, entre outras, que possibilitam a comunicação imediata de um-para-um, com o objetivo de garantir que os clientes interagem com as empresas sempre que pretendam.
Os consuidores podem, por exemplo, encomendar o que querem com uma simples mensagem ou comando de voz, sem terem de sair das suas aplicações ou fazer login num computador.
De acordo com o estudo, a Ásia-Pacífico será responsável por 75% do investimento total em canais de comércio conversacional em 2027, graças ao impulso de aplicações “locais” como a WeChat, LINE e KakaoTalk, que integram soluções de pagamento internas.
Os dados sugerem que a versatilidade destes serviços, que combinam recursos do WhatsApp, Twitter, PayPal e Uber, será fundamental para o desenvolvimento de um forte mercado digital, oferecendo uma experiência de utilização melhorada.
No que diz respeito à Europa e Estados Unidos da América, as previsões apontam para um crescimento de 179% do número de utilizadores de comércio conversacional, que assim deverão alcançar os 33,4 milhões em quatro anos.
Para que essas regiões concorram com o sucesso registado na Ásia-Pacífico, as plataformas de comunicação devem ser capazes de suportar o aumento do tráfego de apps de mensagens OTT, bem como a capacidade de oferecer profundidade, através de serviços de valor acrescentado, sublinha-se. Desta forma, garantem que permanecem como parte integrante do ecossistema, à medida que as capacidades das apps OTT aumentam.
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