O ministro Mariano Gago garante que "não é minimamente verdadeira" a existência de um acordo de cooperação com o MIT - Massachussets Institute of Technology fechado e apenas à espera da aprovação do Governo português. Também fonte oficial do instituto americano garantiu que este se mantém em negociações com o Governo português, mas que até à data não foi firmado qualquer acordo definitivo, avança hoje o Diário de Notícias.



O jornal cita uma porta-voz da instituição para dizer que o "MIT tem estado há alguns meses em discussões com o Governo português sobre a forma como pode vir a trabalhar com o Estado, universidades e indústria para promover a inovação e o crescimento económico no país".



Recorde-se que José Tavares, ex-coordenador do Plano Tecnológico, interpelou o Primeiro-Ministro anteontem, numa conferência internacional, afirmando que a parceria com o MIT estava negociada e só não era formalizada por não existir ainda um "ok" do Governo português, travado pela falta de concordância de um ministro.



José Sócrates respondeu de forma vaga e sem conseguir esconder o incómodo, dizendo que não será a opinião de um funcionário público a travar qualquer projecto do Governo, mas acrescentando que o Governo decide sobre essa matéria, quando tiver que decidir.



Mariano Gago acrescenta agora que o acordo não está negociado. O ministro admite ter estado reunido há dias com o chanceler do MIT, mas garantiu que o "projecto só vai começar a ser negociado a partir de uma missão portuguesa ao MIT, que deverá acontecer no fim do mês".



O responsável pela pasta da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior considerou ainda a intervenção de José Tavares "triste para o país" e "extremamente lesiva" dos interesses nacionais, considerando também "completamente absurda" a notícia de que o Instituto Superior Técnico seria o único parceiro do MIT em Portugal.



A justificar esta posição Mariano Gago referiu que o MIT é um parceiro interessante, não apenas para os cursos avançados de gestão ligados à Tecnologia, mas também para outras áreas como a biotecnologia e as Tecnologias da Informação e considerou que o mais provável é por isso a "definição de um consórcio de instituições".



Notícias Relacionadas:

2005-11-17 - José Tavares demite-se da Unidade de Coordenação do Plano Tecnológico