De acordo com o porta-voz da empresa, citado pela imprensa internacional, a Motorola prevê a o corte de mais 4 mil postos de trabalho ao longo de 2007. Se tivermos em conta a redução de 3'5 mil postos esperada para o fim deste mês, esta operação eleva o número de funcionários da Motorola dispensados este ano para os 7,5 mil.




Esta operação faz parte da estratégia da fabricante que pretende reduzir os custos para regressar aos bons resultados. Apesar de ser apenas superada pela Nokia no que diz respeito ao volume de vendas, a Motorola tem registado algumas dificuldades na obtenção de lucros nos últimos tempos.



Os proveitos da fabricante desceram de 1,2 mil milhões de dólares, no quarto trimestre de 2005, para 624 milhões de dólares no mesmo período de 2006. Quanto à quebra de resultados mais recentes, a Motorola desceu dos 849 milhões de dólares obtidos no primeiro trimestre do ano passado, para os 366 milhões de dólares registados no mesmo período deste ano.




Este factor foi determinante para a fabricante repensar na sua estratégia que, através da redução da equipa laboral, da contenção de investimentos, do controlo de gastos discricionais e da racionalização de recursos conseguirá poupar 600 milhões de dólares anuais a partir de 2008. Por outro lado, a poupança derivada do corte de pessoal chegará aos 400 milhões de dólares. Mesmo assim, a reestruturação da empresa terá um custo aproximado de 300 milhões de dólares, ou cerca de 8 cêntimos de dólar por acção até ao final deste ano.




Nos últimos meses a Motorola tem referido que está a mudar as suas prioridades para melhorar a rentabilidade da empresa. Em Março, Ed Zander, CEO da fabricante decidiu substituir o responsável financeiro da companhia. Nessa altura, o presidente da Motorola atribuiu o momento negativo que a organização atravessava à quebra de preços dos telefones móveis de gama baixa e à decisão da fabricante preferir renunciar à quota de mercado a entrar numa guerra de preços com os seus concorrentes.




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