A Nikon decidiu cancelar três câmaras compactas da série DL, depois de as vendas terem descido 8,2% no último ano e a empresa ter optado por avançar com uma reestruturação que vai eliminar mil postos de trabalho através de um programa de reforma voluntária de funcionários.

Segundo o site oficial da Nikon, a empresa tinha planeado três câmaras compactas para junho de 2016, mas problemas no circuito integrado de processamento de imagem fizeram com que a DL18-50 f/1.8-2.8, a DL24-85 f/1.8-2.8 e a DL24-500 f/2.8-5.6 fossem adiadas por tempo indeterminado.

A empresa explicou que todos os envolvidos “trabalharam arduamente para desenvolver os produtos”, mas que decidiu “que as vendas da série DL serão canceladas por preocupações relacionadas com a sua rentabilidade, considerando o aumento dos custos de desenvolvimento e o decréscimo do número de vendas esperadas por causa do abrandamento do mercado”. As três câmaras agora canceladas iriam competir com a RX100 Mark V e RX10 III, ambas da Sony, e com a DMC-LX10, da Panasonic.

Noutra nota, a empresa japonesa refere que 1.143 colaboradores se candidataram ao programa de reformas voluntárias lançado pela empresa, recebendo um benefício especial para além do “benefício de reforma normal”. O programa em questão é o principal motivo para a empresa rever a estratégia de novos lançamentos, tendo em conta o forte impacto que daí resultará no balanço do ano fiscal em curso. Só em reformas antecipadas a empresa estima gastar 16,7 mil milhões de ienes (138,5 milhões de euros).

A Nikon já reconheceu perdas extraordinárias para os nove meses terminados a 31 de dezembro de 2016 de 30 mil milhões de ienes (246,2 milhões de euros). As previsões para o ano fiscal, que termina a 31 de março, também foram revistas e estimam-se agora perdas a rondar os 53 mil milhões de ienes (438 milhões de euros), um aumento de 5 mil milhões de ienes (41,32 milhões de euros) face ao que foi originalmente previsto a 8 de novembro de 2016.