Dias depois de ter sido conhecida a decisão preliminar a uma das queixas que opõem Nokia e Apple em tribunal - numa decisão a favor da Apple - a Nokia volta à carga e faz entrar na justiça uma nova acusação contra a concorrente. Desta vez estão em causa sete patentes da fabricante finlandesa que a concorrente alegadamente terá violado.



A nova acção, interposta nos Estados Unidos, difere pouco das anteriores que também estão centradas em questões de propriedade intelectual e que estão em fase de análise em tribunais de diferentes países.



A líder mundial dos telemóveis assegura que a Apple viola "inovações pioneiras" que integram o seu portefólio de propriedade intelectual, usando-as para "criar funcionalidades chave nos seus equipamentos, em áreas como multitarefas, sincronização de dados, posicionamento, qualidade das chamadas ou utilização de acessórios Bluetooth".



Além do caso que as duas empresas têm pendente na Comissão Internacional do Comércio dos Estados Unidos, já com decisão preliminar conhecida, existem vários outros casos pendentes.
Ainda no ano passado a Nokia processou a Apple no Reino Unido, Alemanha e Holanda, também pela violação de patentes nos principais dispositivos multimédia da empresa liderada por Steve Jobs. Antes dessa foram interpostas mais acções também pela Apple, que entretanto decidiu responder às acusações na mesma moeda.



Como contabiliza a própria Nokia, as batalhas legais com a Apple visam neste momento 46 patentes da fabricante móvel, algumas registadas mais de 10 anos antes do lançamento do primeiro iPhone.



A Nokia sublinha ainda que nas duas últimas décadas investiu 43 mil milhões de euros em investigação e desenvolvimento para assegurar algumas das mais relevantes inovações móveis do mercado, hoje na base de boa parte dos produtos móveis, num total de 10 mil famílias de patentes. A Apple não pode continuar a vender produtos tirando partido desse esforço de inovação, defende a Nokia.