Numa conferência de imprensa realizada hoje com o objectivo de divulgar os resultados económicos relativos ao primeiro trimestre de 2003, a Novis apresentou-se como o operador alternativo líder de todos os mercados de voz em que actua, segundo dados do Barómetro dataE e da Marktest.

Na voz do seu administrador executivo, Pedro Carlos, a empresa anunciou ainda um aumento da sua quota de mercado de clientes, agora de 25,5 por cento, de valor de mercado, com 28 por cento, e voltou a defender a liderança nos segmentos residencial, com uma quota de 24,2 por cento, microempresas, com 38,5 por cento e de empresas, com 33,9 por cento. No total a quota de mercado da firma cifra-se em 8,4 por cento.

Para justificar estes números, a Novis destacou a conclusão da rede de fibra óptica, com utilização de uma infra-estrutura de referência, num total de 2942 km que asseguram uma cobertura de 95 por cento do território português, a reestruturação interna e redução de custos com pessoal e ainda o lançamento de novos produtos, como o Teledesconto, o NovisNet ou o Voz Empresas Livres.



Neste particular, o serviço de Teledesconto, lançado em Março último, mereceu todo o destaque, sendo responsável pela angariação de 20 mil novos clientes até agora (facto pelo qual a empresa espera vir a cumprir a sua meta de 50 mil novos aderentes até ao final do ano) e que permitiu à Novis alargar a sua quota de mercado no segmento residencial - um mercado não prioritário para a empresa.

No que diz respeito a números, a Novis, neste primeiro trimestre de 2003, registou prejuízos de 2.270 milhões de euros, dados que fazem Pedro Carlos prever que a empresa atinja o break-even do EBITDA ainda no decorrer deste ano. As demais previsões da Novis para o restante do ano incluem a consolidação do crescimento alcançado e a continuação da angariação de novos clientes fora do Grupo Sonae, que hoje em dia, representam menos 10 por cento do seu volume de negócio.

Além disto o administrador executivo da Novis adiantou que vai continuar a "trabalhar activamente" para que a actividade regulatória no sector avance significativamente, de forma a permitir uma "actuação mais equilibrada entre todos os concorrentes", nomeadamente no que diz respeito à desagregação do lacete local e à "desmonopolização" no serviço de banda-larga.

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