Não é uma novidade, porque nos últimos meses a Nvidia já conseguiu em várias ocasiões assumir pontualmente o primeiro lugar no ranking das empresas mais valiosas do mundo, em capitalização bolsista. A maior novidade é que esta semana a ultrapassagem à dona do iPhone começa a parecer mais do que pontual.
Na terça-feira a gigante dos processadores, que no último ano conseguiu um crescimento meteórico graças à explosão na procura de chips para inteligência artificial, encerrou a sessão no Nasdaq a valer 3,43 biliões de dólares, enquanto a soma das ações da Apple valiam 3,38 biliões.
Esta quarta-feira, com a revelação dos resultados eleitorais norte-americanos Wall Street deu vários sinais, daquilo que o mercado espera para um futuro próximo, com a mudança de liderança na Casa Branca. Os analistas acreditam que a transição e a mais que provável alteração de politicas da nova Administração Trump pouco influenciará a trajetória da Nvidia e se influenciar é pela positiva. As políticas protecionistas esperadas com Trump podem mesmo acelerar a estratégia de construir mais data centers e capacidade de processamento de dados nos Estados Unidos e isso será bom para a Nvidia, antecipam os analistas da Barrons.
Talvez por isso as ações da Nvidia tenham encerrado ontem a sessão a ganhar mais de 4%, para uma capitalização bolsista de 3,57 biliões de dólares. A Apple ficou nos 3,36 biliões e a Microsoft, que encerra o Top 3 vale 3,12 biliões.
Segundo uma estimativa da Mizuho Securities, a Nvidia tem neste momento uma quota de 95% do mercado de chips para treino de inteligência artificial. A casa de investimento não antecipa que a liderança da companhia fique em perigo nos próximos tempos, graças ao roadmap sólido que já apresentou para os próximos meses.
No mercado after hours as ações da Nvidia desvalorizaram ligeiramente esta madrugada, para acomodar os ganhos de quarta-feira, mas a tecnológica volta a abrir a sessão esta quinta-feira na cadeira do poder.
A Nvidia foi a terceira empresa a entrar no clube dos bilionários da bolsa (triliões na contagem angloxasónica). Foi já este ano que conseguiu atingir a marca que a Apple inaugurou em janeiro de 2022. A Microsoft foi a segunda empresa a entrar no “clube” e conseguiu fazê-lo também só já este ano, e igualmente graças à estratégia na área da IA generativa.
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