Paula Januário, da Certame, uma das entidades responsáveis pela organização da COMTEC, falou hoje aos jornalistas para fazer um pré-balanço da feira das tecnologias que decorre na FIL até amanhã. A responsável lamentou as ausências de peso na feira, mas garante que a organização fez todos os esforços para desenhar um novo modelo de evento que fosse de encontro às expectativas dos seus destinatários, as empresas.



Conforme já tinha explicado ao TeK, a responsável voltou a sublinhar o conjunto de contactos estabelecido com empresas consideradas pilar do sector que acabaram por não comparecer no evento. Paula Januário afirmou que destes contactos efectuados junto de 30 a 40 empresas, apenas 1 por cento marca presença na feira.



A COMTEC conta sensivelmente com o mesmo número de expositores do ano passado (150) embora tenha juntado mais duas áreas temáticas - a imagem e a fotografia - para o facto contribui ainda a menor disponibilidade financeira das empresas do que em anos anteriores. Soma-se ainda a novidade de juntar mais duas áreas, sentida sobretudo ao nível das empresas de imagem digital que preferiram esperar para ver os resultados da iniciativa, explicou a responsável.



No balanço feito com os expositores, todos os anos após a feira, a organização admite pensar em novos ajustes, embora acredite que o modelo experimentado este ano (com a junção dos quatro formatos) seja o modelo ideal e para continuar. Disponível para rever outros detalhes, a organização poderá vir a fazer alterações ao nível das datas de realização do evento.


Paula Januário explicou que a organização já recebeu sugestões para alterar a data feira, para uma data pós-Cebit, pois beneficiaria do impacto da maior feira internacional do sector.



Esta possibilidade poderá vir a concretizar-se, mas para já não passa de uma mera hipótese uma vez que as auscultações anuais aos participantes revelam a preferência pela data actual. A alteração da data seria uma tentativa de transportar o evento para uma altura mais rica em lançamentos na área da tecnologia e menos próxima da maior feira de tecnologias espanhola em que algumas das mais importantes empresas nacionais de tecnologia e telecomunicações são presença habitual e que se realiza daqui a três semanas. "Para nós é preocupante estarmos a assistir a esta passividade das empresas quando muitas delas participam em eventos em Espanha", realçou.



O balanço definitivo do evento será feito no final da feira. Para já, a organização reconhece as ausências mas recusa-se a falar em fracasso e classifica a edição deste ano da feira das tecnologias como "identificativa" da realidade do sector. Relativamente ao número de visitantes Paula Januário diz que o balanço só poderá mesmo ser feito após o término do evento, mas avança que até terça-feira, um dia antes do arranque da feira, tinham sido efectuadas 20 mil pré-credenciações.



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