As empresas de Outsourcing querem criar 12 mil novos empregos nos próximos seis anos e prevêm o crescimento de exportações que podem ultrapassar os mil milhões de euros. As metas têm vindo a ser defendidas pela Associação Portugal Outsourcing e foram renovadas na conferência que ontem se realizou em Belém.

Segundo as estimativas da associação, em sete anos o outsourcing pode representar 1,3% do PIB, originando ganhos de produtividade anuais para a economia nacional que poderão ser superiores a 1.500 milhões de euros.

Estas perspectivas de crescimento têm impacto no emprego, sendo estimado que o número de colaboradores do sector quase duplique, passando os 25 mil de 2008 para 49 mil em 2015, um crescimento que a associação admite acontecerá pela integração de quadros de empresas e instituições que recorram ao outsourcing, mas também pela necessidade de criar novos postos de trabalho, os tais 12 mil referidos.

Frederico Moreira Rato, presidente da Portugal Outsourcing, defende que “o nosso
País tem condições únicas para ser uma referência europeia no outsourcing
com recurso às tecnologias de informação, seja pelo crescimento do seu
mercado interno, seja pela captação de projectos em toda a Europa
Ocidental”. A internacionalização do sector e a criação de condições para Portugal se tornar num centro de prestação de serviços em nearshore são também metas definidas pelas empresas do sector.

A associação avisa porém que a concretização destas metas depende “das condições
disponibilizadas no País”. As vantagens percepcionadas em Portugal – como os custos competitivos, recursos humanos qualificados e até as Redes de Nova Geração – podem ser ensombradas por constrangimentos ao nível do enquadramento fiscal e do trabalho, que a associação está a estudar.