A Philips, fabricante
holandesa de produtos de electrónica de consumo, afirmou na passada
sexta-feira que planeia estabelecer mais contratos de produção dos seus
chips com três companhias asiáticas. A longo prazo, a empresa europeia irá entregar a outras companhias 20 a 30 por cento de toda a sua produção de semicondutores, em comparação com os actuais 10 por cento. Contudo, a fabricante afirmou que não serão iniciadas novas encomendas a curto prazo.

O grupo industrial holandês irá conceder prioridade à Taiwan Semiconductor
Manufacturing
, na qual detém uma participação de 21,7 por cento. Outras companhias asiáticas que irão receber as encomendas adicionais da Philips são a United Microelectronics Corp. da Formosa e a Chartered Semiconductor Manufacturing da Singapura.

A indústria global de semicondutores cresceu apenas 1,3 por cento no ano
passado, depois da descida mais acentuada de sempre registada em 2001, de
acordo com dados estatísticos publicados pela Semiconductor Industry
Association
. O prolongado declínio nas vendas de equipamento informático obrigou as companhias informáticas a diminuírem a produção das suas fábricas e a recorrerem ao outsourcing de encomendas a fabricantes contratadas.

Na quinta-feira passada, a Philips afirmou que iria cortar 1.600 postos de trabalho nos Estados Unidos e Europa, no âmbito de um plano de reestruturação com vista a que a sua divisão de semicondutores volte a obter lucros por volta do quarto trimestre deste ano. Os cortes incluem 520 postos de trabalho em San Antonio, no Texas, e 600 empregos em Albuquerque, no estado de Novo México, Estados Unidos. Os restantes 480 referem-se a funções redundantes nos escritórios administrativos da companhia nos Estados Unidos e Europa.

A fabricante de produtos de electrónica de consumo afirmou não possuir planos para reabrir uma fábrica de produção de chips que encerrou em Albuquerque e outra que está actualmente a encerrar em San Antonio. A unidade de semicondutores representa 25 por cento das vendas totais da Philips. A companhia registou uma perda líquida recorde de 3,21 mil milhões de euros no ano passado.

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