A fabricante holandesa admitiu que a sua unidade de fabrico de microprocessadores será vendida às empresas Kohlberg Kravis Roberts, Silver Lake Partners e AlpInvest por 3,4 mil milhões de euros.


Esta unidade de negócio, que conta com a colaboração de 37 mil funcionários em todo o mundo, é maioritariamente voltada para o fabrico de chips para electrónica de consumo, automóveis e equipamentos móveis.


De acordo com a Philips, as razões que levaram a empresa a tomar esta decisão prendem-se com o objectivo de abandonar os negócios marginais, já que, a indústria de chipsets tende a ser sazonal, o que influência as vendas, ressentindo-se no resultado económico.


Com a venda da unidade de fabrico a Philips espera que a divisão destinada aos microprocessadores obtenha melhores resultados como uma "unidade de negócio independente" já que, como parta da empresa holandesa "é complicado vender chips aos concorrentes", refere Gerard Kleisterlee, CEO da Philips em comunicado citado pela Reuters.


O acordo representa um novo passo no percurso da Philips que, ao vender a maior parte da unidade de fabrico de chips, deixa de se focar nos equipamentos de alto-volume, voltando-se para produtos relacionados com a saúde e com o estilo de vida.


A notícia avançada pela Reuters refere que o acordo coloca o valor da unidade de chips em 8,3 mil milhões de euros, somando ao preço de aquisição de 3,4 mil milhões, cerca de 4 mil milhões de euros de dívida e cerca de 900 milhões de euros da participação remanescente da Philips.


De acordo com a IDC Insights a Philips ocupava o 11º lugar no ranking dos maiores fornecedores de chips em todo o mundo, com as vendas do primeiro semestre a fixarem-se nos 3 mil milhões de dólares.


A venda destas áreas de negócio está a tornar-se prática habitual, tendo o exemplo da Intel que anunciou recentemente que a sua unidade de chips para telecomunicações havia sido adquirida pelo grupo Marvell Technology.

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