A Pioneer acaba de se juntar à lista de empresas em fase de emagrecimento de recursos para responder à crise. A fabricante japonesa anunciou que vai despedir 10 mil funcionários em todo o mundo, dos quais seis mil são trabalhadores efectivos e os restantes temporários.

Os despedimentos não são no entanto a única decisão da Pioneer para responder à crise. A empresa também vai avançar com reestruturações em algumas áreas e colocar fim a outras. O segmento de produtos destinados à indústria automóvel passa a ser a grande prioridade e o objectivo aqui é recuperar a liderança.

A área de Home Electronics também continua a ser de aposta, focada no desenvolvimento de produtos áudio e equipamentos de DJ.

No negócio de discos ópticos a empresa estuda uma potencial joint-venture, enquanto o negócio de ecrãs planos é mesmo para descontinuar, completamente. Não apenas no que se refere aos plasmas, como já se previa, mas também aos ecrãs LCD. O fim da produção, de um negócio que hoje representa 15 por cento da facturação da Pioneer, torna-se efectivo em 2010.

Já em 2008 a Pioneer tinha iniciado um conjunto de medidas que pretendiam devolver a rentabilidade à empresa. Incluíram-se neste leque a redução de 5.900 postos de trabalho e o fim da produção de plasmas nas fábricas americanas e do Reino Unido.

Com o anúncio a empresa japonesa junta-se a outras congéneres como a Sony ou a NEC que também já tinham anunciado despedimentos, 16 mil e 20 mil, respectivamente.

Em Portugal, os responsáveis da empresa ainda não confirmaram se existem ou não implicações das medidas anunciadas internacionalmente. A Pioneer mantém uma fábrica no Seixal que emprega cerca de 200 pessoas.

Nota de Redacção: Responsáveis das unidades fabril e comercial (com menos de duas dezenas de pessoas) da Pioneer em Portugal garantiram entretanto durante a tarde que para já não existem indicações que apontem para a saída de nenhuma das estruturas do país.

Numa declaração solicitada pelo TeK à empresa, a Pioneer explica que "ainda não há decisão oficial relativamente às estruturas que existem em Portugal". O documento explica também que a fábrica do Seixal produz auto-rádios, uma das áreas em que a fabricante pretende manter aposta.

"Os colaboradores da Pioneer, em Portugal, já foram informados da reestruturação. A laboração está a decorrer normalmente. A Pioneer em Portugal dispõe de uma rede de distribuidores especializados que vão continuar assegurar a manutenção do negócio e o reforço nas áreas agora consideradas prioritárias pela empresa", acrescenta o comunicado.