Na remodelação governamental realizada dia 10 pelo Primeiro-ministro de Espanha José Maria Aznar, que implicou a substituição de 10 pastas ministeriais, Anna Birulés deixou de ocupar o cargo de Ministro da Ciência e da Tecnologia, sendo substituída por Josep Piqué, anterior Ministro dos Negócios Estrangeiros.



A propósito da sua nomeação, Piqué afirmou que a ciência, tecnologia e a Sociedade da Informação são "essenciais para o nosso fututo e para a nossa convergência com a Europa". Este Ministério foi criado durante a direcção de Piqué em 2000, tendo este político dado o apoio para a atribuição do cargo a Birulés, sua antiga colega de universidade em Barcelona.



Esta alteração surge no seguimento de várias críticas contra a ministra por parte representantes da comunidade científica. No dia 3 de Julho, 11 empresas do sector científico enviaram uma carta a Birulés argumentando que não existia uma política científica definida que se adaptasse às iniciativas que foram tomadas e que a administração do sistema científico estava a desacelerar, em vez de se tornar mais rápida, como se poderia ter esperado".



Outras queixas centraram-se nos atrasos em avaliações de programas, nos pagamentos de financiamentos, falta de bolsas pré-doutoramento e a eliminação de contratos de reincorporação para os investigadores que regressam após terem trabalhado no estrangeiro.



Também em Espanha, a Comissão do Mercado das Telecomunicações (CMT), autoridade nacional regulador desse sector, aprovou ontem, dia 11, uma resolução em que estabelece uma redução das tarifas médias para chamadas de interligação para a Telefónica Móviles e a Vodafone, definindo o seu preço em 0,0345 euros por minuto, o que representa uma descida de 17,13 por cento em todos os períodos horários.



Segundo a CMT, esta medida faz com que a tarifa de interligação em Espanha, ou seja, o que as operadoras pagam umas às outras por utilizarem as suas redes, se situem muito próximas da média europeia.



Esta diminuição das tarifas de interligação resulta do procedimento de ofício iniciado pela CMT para determinar os preços cobrados pela Telefónica Móviles e Vodafone por este tipo de chamadas, dado que estas duas empresas são consideradas operadores dominantes no mercado, devendo, portanto, adequar os seus preços aos custos.



No ano passado, os preços de interligação aplicados pelos operadores móveis aos fixos desencadearam uma grande polémica no sector. Os operadores fixos salientaram que tradicionalmente o maior custo para o utilizador das chamadas fixo-móvel em comparação com as de móvel-fixo deve-se aos preços cobrados pelos operadores de comunicações móveis tendo por base a terminação do número da chamada.


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