Um juiz especializado em casos de falência aprovou o plano de recuperação da Kodak, depois de a tecnológica ter avançado com o pedido no início do ano passado para se proteger dos credores. A empresa vai agora focar-se no segmento da impressão para o mercado empresarial.

A Kodak vai deixar de ter unidades de negócio que vendem produtos a consumidores privados, segundo escreve a Bloomberg. O plano aprovado vai eliminar cerca de 4,1 mil milhões de dólares da dívida da empresa.

Os detentores de ações da empresa não vão receber nenhuma compensação, enquanto alguns credores vão ser recompensados por inteiro. Os credores sem seguro vão receber uma compensação de quatro a cinco cêntimos por dólar.

O tribunal terá rejeitado ainda as acusações de alguns acionistas de que a Kodak estaria a dissimular o verdadeiro valor da empresa para não ter que compensar todas as partes envolvidas no processo de reestruturação.

Nos últimos dez anos a empresa já despediu perto de 50 mil trabalhadores e só no ano passado tomou decisões como deixar de fabricar máquinas fotográficas e vender o serviço online de fotos.

No final do ano a Kodak vendeu ainda um conjunto de patentes ligadas à área multimédia a um consórcio de tecnológicas onde marcavam presença a Google, Apple e BlackBerry, por um valor a rondar os 525 milhões de dólares.

A Kodak não conseguiu acompanhar a conversão para a fotografia digital, sendo este o motivo apontado como a grande razão para a má situação financeira que a empresa atravessa.


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