Para se adaptarem à nova realidade trazida pela pandemia de COVID-19, muitas pessoas recorrem à Zoom, seja para manter o contacto via teletrabalho, ter aulas ou falar com a família e amigos. A popularidade da plataforma online cresceu exponencialmente desde o início da crise, tanto que Eric Yuan, o CEO da empresa, passou a fazer parte da lista anual de bilionários da Forbes.

Embora o responsável se encontre no número 293 da lista da publicação norte-americana, o valor do seu património ronda os 5,3 mil milhões de dólares. O CEO tem vindo a trabalhar na área das videoconferências desde que emigrou da China para os Estados Unidos em 1997. Ainda antes de ter fundado a Zoom em 2011, Eric Yuan trabalhou para a WebEx, antes da sua aquisição pela Cisco.

A empresa liderada por Eric Yuan ainda não partilhou informações concretas acerca do seu crescimento, no entanto, os mais recentes dados da Sensor Tower indicam que, nos Estados Unidos, a Zoom lidera a lista de aplicações gratuitas com mais instalações. Ainda a 23 de março, as ações da empresa na bolsa de valores nova-iorquina registaram um aumento de 135%, fechando a 159,56 dólares cada. Contudo, logo no dia seguinte, a cotação da Zoom na bolsa começou a descer, e, hoje, o valor das suas ações ronda os 113,75 dólares.

Valor da Zoom na bolsa de valores de Nova Iorque (08/04/2020)
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A Zoom tem vindo a lidar com vários problemas de cibersegurança. Em entrevista à CNN, Eric Yuan admitiu que a empresa teve alguns “percalços”, indicando que a Zoom foi inicialmente concebida para organizações e empresas. “Devido à crise da COVID-19 avançamos demasiado depressa”, afirmou o CEO.

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Recentemente, o Estado de Nova Iorque decidiu banir o uso da plataforma de videoconferências, dadas as várias queixas de problemas em relação a questões de segurança e privacidade durante o processo de registo.

O próprio FBI alertou para os perigos de cibersegurança ligados a serviços de comunicação como a Zoom, com diversas queixas de conferências a serem interrompidas por mensagens pornográficas ou com ameaças. Em março, a plataforma foi acusada de partilhar dados analíticos com o Facebook, mesmo que os utilizadores não tivessem uma conta na rede social.