A compra do LinkedIn não é apenas a maior de sempre da empresa de Redmond, é também uma das mais relevantes do sector de tecnologia, e apesar da importância crescente da rede social empresarial, que conta com mais de 433 milhões de membros, os mercados mostraram alguma surpresa.

A iniciativa faz sentido numa lógica de alargamento da estratégia de posicionamento da Microsoft, que quer estar cada vez mais no centro da vida das pessoas e já viu algumas áreas relacionadas com as redes sociais, os telemóveis e as mensagens instantâneas passarem ao lado. O preço é que é elevado.

Com Satya Nadella a fazer uma transformação radical do posicionamento da empresa criada por Bill Gates, e a tentar limar alguns dos erros do passado, a compra do LinkedIn faz a fusão entre a componente empresarial e a cloud, sendo que as várias ferramentas de contactos e CRM da Microsoft já exploravam a ligação a esta rede social. 

Em comunicado oficial a Microsoft explica que o LinkedIn vai manter a sua marca, cultura e independência, mantendo Jeff Weiner como CEO. O negócio foi aprovado pela direção das duas companhias mas está ainda sujeito a aprovações regulatórias. O acordo foi fechado pelo valor de 26,2 mil milhões de dólares, cerca de 23,2 mil milhões de euros, e corresponde ao pagamento de 196 dólares por ação, cerca de 173,5 euros.

A compra destaca-se entre as aquisições realizadas pela Microsoft nos últimos anos. A aquisição do Skype foi a mais avultada, por 8,5 mil milhões de dólares, seguindo-se a Nokia Devices por 5,44 mil milhões, mas na lista há outras de que pode já não se lembrar, como a aQuantive, uma empresa de publicidade online, e a Mojang AB, do jogo Minecraft.

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Satya Nadella explicou que este era um passo lógico para a Microsoft e que poderá acelerar a transformação do LinkedIn no tecido social para todo o Office. E a visão é integrar a "vida profissional" e curriculo do Linkedin com as ferramentas do Windows, Outlook, Skype e produtividade do Office, sem esquecer a assistente digital Cortana.

Com o ocmunicado oficial a Microsoft divulgou um vídeo de uma "entrevista" dos dois CEOs e até uma espécie de infografia para quem tiver dúvidas.

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