Portugal pediu informações à Apple sobre duas contas de utilizador, pedidos a que a empresa de Cupertino acedeu fornecendo alguma informação. A justiça portuguesa requeriu ainda 17 pedidos de informação sobre dispositivos, que abrangeram quase 300 equipamentos da marca da maçã. Em 14 destes casos a Apple também forneceu informação.

Portugal é um dos três países onde todos os pedidos relativos a contas de utilizador foram aceites pela Apple. Nos restantes 30 países as taxas de divulgação variam entre os 30 e os 70%.

Estes são os números portugueses do relatório de transparência divulgado pela tecnológica norte-americana. Em comunicado a Apple diz que os utilizadores precisam de saber de que forma os seus dados são tratados, mas também revela que os dados apenas dizem respeito à informação que estão "legalmente permitidos a partilhar".

Os EUA são de longe o país que faz mais pedidos, tendo realizado entre mil a dois mil pedidos de informações de contas de utilizadores que podem ter abrangido um total de três mil pessoas. As autoridades norte-americanas fizeram ainda pedidos de informação relativos a mais de oito mil equipamentos.

Do lado europeu o Reino Unido e a Alemanha são os países que registam mais pedidos de informação, tanto a nível de contas como a nível de dispositivos. Do outro lado do Atântico o Brasil também se destaca na lista, mas pelo lado negativo – foram feitos 34 pedidos de informação que envolveram 5027 dispositivos Apple, mas a tecnológica só acedeu a dois desses pedidos.

A marca da maçã garante que todas as requisições têm que ter uma fundamentação legal e que em alguns casos a informação não foi dada porque não ter sido encontrada informação relevante que correspondesse aos pedidos.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico