Já são conhecidos os dados do Barómetro COTEC, uma iniciativa que pretende tomar o pulso à inovação nacional e perceber como evolui o país nesta área, comparativamente a outras nações.



As conclusões revelam que Portugal promove a inovação de forma pouco eficiente, posicionando-se em 30º lugar, numa análise que considerou 52 países e na qual o país desce uma posição face ao ano passado.



"Apesar de o posicionamento global de Portugal em matéria de inovação se manter muito próximo da média global dos países analisados, a falta de capacidade de concretização e transformação do potencial de inovação em resultados concretos com impacto económico-social coloca Portugal no conjunto de países desperdiçadores", detalha a COTEC.



A análise conclui que nestes dados relativos ao ano de 2011 a prestação portuguesa não foi muito diferente do que tinha sido um ano antes. O problema, como frisa Daniel Bessa, diretor-geral da COTEC, é que no espaço de um ano nove países conseguiram fazer melhor que Portugal e melhor do que tinham feito no ano anterior, ultrapassando o país no que se refere aos impactos económicos da inovação. Neste indicador - de impacto económico da inovação - Portugal caiu de 40º para 49º posição, um percurso que influenciou em muito os resultados da análise.


"O problema maior não é que os impactos económicos sejam fracos, mas que o sejam tendo em conta as condições e recursos disponíveis no País", acrescenta o responsável.



As boas notícias são que, ainda assim, Portugal mantém um desempenho próximo da média dos países analisados e no contexto dos países da Europa do Sul o país continua a ter a melhor prestação.



Nas TIC - infraestruturas e utilização - a prestação portuguesa também recebe nota positiva, subindo um lugar relativamente ao ano passado. Portugal passa a para a 28ª posição, ficando acima da média global e da média dos países da Europa do Sul.


Nas quatro dimensões que o estudo analisa (condições, recursos, processos e resultados) a principal conclusão é mesmo a de que o país, embora possuindo as condições necessárias com vista à promoção de IDI, continua a não consubstanciar as mesmas em outputs visíveis, da forma mais eficaz e eficiente.



Suíça, Dinamarca e Finlândia lideram o ranking de países mais inovadores.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira