O Diário Económico avança hoje a notícia de que a Caixa Geral de Depósitos, accionista de referência da operadora Zon, estará a avaliar vários cenários para inverter as perdas em bolsa que já acumulam mais de dois mil milhões de euros desde Maio do ano passado. A aproximação à Sonaecom é uma das possibilidades.



O rumor já teve impacto em bolsa, com a subida das acções das duas empresas logo na abertura da sessão de hoje. Perto das 9 horas da manhã as acções da Sonaecom subiam 5,81% para os 2,02 euros, com a Zon Multimédia a avançar 2,90% para os 5,495 euros, um valor já abaixo do máximo do dia, fixado nos 5,535 euros. À hora de publicação deste artigo os valores mantinham-se elevados, com a Zon Multimédia a cotar nos 5,545 euros e a Sonaecom nos 2,05 euros, máximos atingidos perto das 11 horas da manhã.



A possibilidade de fusão entre a Sonaecom e a Zon já foi avançada várias vezes, mas, segundo o jornal económico, agora a CGD terá mesmo auscultado alguns dos principais accionistas da antiga PT Multimédia. Entre estes contam-se o Banco Espírito Santo, que detém 4 por cento do capital da operadora.



De acordo com as contas do Diário Económico, quando a Caixa se tornou no maior accionista da Zon, em Novembro de 2007, a sua posição de 15 por cento valia cerca de 420 milhões de euros, mas com a desvalorização das acções está agora próxima dos 245 milhões de euros.



Desde o início do ano a Zon já perdeu 1,2 mil milhões de euros do seu valor de mercado, mas também a Sonaecom sofreu uma forte desvalorização, perdendo desde o início do ano 42,1 por cento do seu valor em bolsa, o que corresponde a 509 milhões de euros.

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