Os três fatores foram apontados por Marco Comastri, diretor geral da CA Technologies para a EMEA - Europe, Middle East and Africa, numa apresentação à imprensa no CA World, em Las Vegas. No evento anual da multinacional norte-americana, o responsável defendeu que a aposta da região nestas áreas garantirá as competências e o modelo necessário para não perder posições para regiões emergentes no desenvolvimento de software e serviços.



Na área da educação, Marco Comastri considerou que formar mais quadros nas áreas das ciências, tecnologias, engenharia e matemática é crítico para assegurar competitividade. "É necessário formar cada vez mais", defendeu, considerando que maior quantidade potencia a qualidade.




Promover a inovação foi outro aspecto apontado pelo gestor e que passa em larga medida pelas empresas. As mudanças mais urgentes aí identificadas pela CA estão na forma como as TI são encaradas.



Um estudo encomendado pela empresa e realizado junto de CIOs da EMEA mostra que 39% destes gestores admitem que a administração das suas empresas não compreende o papel das TI, enquanto 37% consideram que a sua empresa não tira partido da tecnologia para crescer.




Mudar esta realidade, defende Marco Comastri, passará também por estes profissionais e pelo reconhecimento de que o papel do CIO está a mudar, numa altura em que a forma de abordar a tecnologia pelas empresas também deve mudar.




O terceiro vetor dessa transformação que a Europa deve operar, passa pela emergência da cloud e do software as a service (SAAS), onde a região deve posicionar-se se quiser garantir um lugar competitivo nesta indústria. O interesse crescente do mercado pelo conceito, a capacidade de reduzir custos e fazer valer outros argumentos de eficiência, que as empresas hoje valorizam de forma prioritária, justificam-no.




Para alcançar a recuperação económica e recolocar o motor do crescimento a funcionar a Europa tem de operar várias mudanças, "o software e a inovação são o combustível para este motor", defendeu o responsável.



Na região EMEA a CA conta com 2600 pessoas. Os mercados identificados pela empresa como de maior crescimento são os do leste europeu e entre os melhores posicionados para assumir um lugar de destaque numa nova lógica de distribuição e serviços estão Israel e o Médio Oriente.

Cristina A. Ferreira

Escrito ao abrigo do novo Acordo
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