Apesar de ter já a aprovação das entidades reguladoras europeias e canadianas, o processo de fusão entre a Compaq e a Hewlett-Packard espera ainda a confirmação da comissão antimonopólio norte americana. Todavia, as empresas parecem confiantes na decisão favorável desta última entidade, tendo já determinado as datas para a votação dos accionistas sobre o negócio no prospecto final da fusão que enviaram à Securities and Exchange Commission e que será posteriormente remetido para os accionistas.



A votação da HP que ficou marcada para o próximo dia 19 de Março está a ser encarada como um referendo à estratégia da presidente de direcção da empresa Carly Fiorina. Na assembleia serão apenas aceites os votos em pessoa ou por email, sendo que para a fusão avançar terá de existir uma votação maioritária. Quanto à Compaq a decisão será tomada no dia 20 de Março, requerendo também a maioria dos votos para a conclusão do negócio.



O objectivo do anúncio das datas é não perder mais tempo num processo que já se arrasta desde Setembro de 2001 – altura em que foi anunciado o acordo entre as empresas – caso as entidades reguladoras dos Estados Unidos aprovem o negócio afirmou Rebeca Robboy, porta voz da HP, em declarações à agência de notícias Associated Press.



Entretanto, as famílias Hewlett e Packard – que detêm 18 por cento das acções da HP – continuam a opôr-se à fusão. Logo após a apresentação do prospecto Walter Hewlett começou uma campanha contra aquilo que será, na sua opinião, expor a HP ao conturbado mercado dos PC. Esta ideia é fortemente rebatida pelos apoiantes que afirmam que a fusão fará as empresas líderes em vários segmentos chave, melhorando a sua oferta e produzindo 2,5 mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros ou 577,7 milhões de contos) em poupanças nos custos.



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