A criação de uma holding para agregar todas as participações da Portugal Telecom na África subsariana e a entrada de um fundo na sociedade, hoje anunciada pela empresa liderada por Henrique Granadeiro, vão dar capacidade de investimento ao grupo e facilitar a entrada em novos mercados africanos.



A estratégia da PT para aquela região africana foi hoje anunciada pela PT que comunicou a entrada de um parceiro financeiro na holding de participações, com uma tomada de posição de 22 por cento, representativa de um investimento de 171 milhões de dólares.



Henrique Granadeiro escusou-se a detalhar novas intenções de investimento da PT em Africa mas garantiu que estão a ser estudados novos investimentos, que beneficiarão do know-how do private equity naquela região. Dois dos investimentos mais recentes da Helios Investors visaram a Costa do Marfim e a Nigéria, exemplificou.



O presidente executivo da PT afirmou ainda em conferência de imprensa que a criação da Holding Africana é um passo para a criação de um operador de telecomunicações pan-africano que o operador português pretende levar a IPO. Esta colocação da empresa em bolsa acontecerá num prazo não definido pela empresa e pode ser feita em várias praças, entre locais e internacionais.



De acordo com dados fornecidos pela PT existiam no mercado africano 200 milhões de clientes móveis no final do ano, o correspondente a uma penetração de 22 por cento. Até 2010 as estimativas indicam um crescimento médio anual de 10 por cento no número de subscritores móveis, na maioria em seis países da África subsariana, região onde as participações actuais da PT valem 1,2 mil milhões de dólares.



A Holding Africana inclui participações em Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Namíbia, Guiné-Bissau, Moçambique e Botswana. Fora do acordo com a Helios Investors fica a participação da PT na Medi Telecom, operador marroquino, fora da região abrangida pelo acordo.



Notícias Relacionadas:

2007-01-12 - PT apela aos accionistas pela rejeição do valor de 9,5€ na OPA