A PT SGPS já avaliou a Oferta Pública de Aquisição (OPA) apresentada pela empresária Isabel dos Santos e apesar de não a afastar completamente, deu vários indicadores de que a mesma não tem condições para avançar nos termos atualmente “em cima da mesa”.



Em causa estão alguns pontos levantados pelo conselho de administração da PT que não concorda por exemplo com o preço de 1,35 euros oferecido por ação – o que eleva o total da proposta para os 1,21 mil milhões de euros. Dizem os executivos que a oferta “não reflete o valor intrínseco da PT, incluindo o resultante potencial do desenvolvimento da Oi no médio e longo prazo decorrente do processo de consolidação do mercado brasileiro de telecomunicações”.



Outro ponto que parece baralhar os administradores da PT SGPS é o facto de Isabel dos Santos ter também uma participação indireta na operadora de telecomunicações NOS, que é a atualmente a maior concorrente da PT Portugal.



Na longa análise feita às condições da OPA é ainda dito que os planos estratégicos de Isabel dos Santos para o futuro da entidade não são totalmente claros, sendo este um elemento crítico para que os acionistas possam avaliar nas melhores condições a proposta de aquisição.



Os membros da PT SGPS levantam depois outras questões mais técnicas, dizendo no documento enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários que “o relatório identifica ainda algumas deficiências dos documentos da oferta recebidos, uma vez que estes são incompletos e imprecisos, não cumprem, nalguns aspetos, os requisitos legais quanto à qualidade da informação, são pouco claros em aspetos relevantes, designadamente no que concerne ao financiamento da Oferta e à identificação da Oferente e entidades a quem é imputável o respetivo controlo”.


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