No primeiro trimestre de 2005 (Janeiro a Março) o tráfego telefónico originado na rede fixa foi de cerca de 2.652 milhões de minutos, um decréscimo de 4,9 por cento face ao trimestre anterior e menos 17,9 por cento relativamente ao período homólogo, o que a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) atribui à forte redução das comunicações dial-up realizadas perante a expansão dos acessos ADSL.

No que diz respeito ao tráfego de voz, foram originados na rede fixa cerca de 2.077 milhares minutos resultantes de 782 milhões de chamadas, correspondendo a variações negativas de 3,9 por cento e 3,7 por cento face ao trimestre anterior.

Em termos homólogos, tanto no volume de minutos como no de chamadas, as variações foram também negativas, de 6,1 por cento e 6,5 por cento, respectivamente. Estas quebras traduzem a descida do tráfego nacional para números fixos (menos 7,4 por cento dos minutos e menos 6,3 por cento das chamadas face ao trimestre homólogo) e para números móveis (menos 5,9 por cento dos minutos e 8,9 por cento das chamadas em comparação com o trimestre homologo).

No mesmo relatório a Anacom indica que no final do período analisado, o número de linhas da rede fixa ficou pelos 4.124 milhares, correspondendo a uma penetração de 40 acessos por cada 100 habitantes. Comparativamente ao trimestre anterior, verificou-se uma variação negativa de 0,5 por cento deste indicador, motivado pela quebra do número de acessos analógicos instalados, em 0,6 por cento, e dos acessos digitais equivalentes em 0,4 por cento.

A Portugal Telecom continua manter a liderança do mercado sendo responsável por 92,9 por cento do total de acessos instalados a pedido de clientes, valor ligeiramente inferior (0,3 pontos percentuais) ao registado no final de 2004. A perda de quota do grupo PT no número de acessos analógicos é resultado da diminuição da utilização da rede fixa para a realização de chamadas e pelo crescimento das ofertas dos restantes prestadores de pacotes de bundling com outros serviços.

A Anacom indica ainda que no primeiro trimestre de 2005 estavam habilitadas para a prestação do serviço telefónico fixo 21 entidades, das quais 13 se encontravam em actividade. Destas, uma prestava o serviço através de acesso directo, três através de acesso indirecto e as restantes prestavam serviço através dos dois tipos de acesso.

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