A Sylpheo é uma empresa francesa que se dedica ao desenvolvimento de aplicações de conectividade e foi agora parar às mãos deste consórcio automobilístico franco-japonês. Foi o vice-presidente do ramo de veículos conectados e serviços de mobilidade da Aliança, Ogi Redzic, quem anunciou hoje esta aquisição.

Informações oficiais indicam que os 40 engenheiros e consultores da Sylpheo vão ser integrados na equipa que se ocupa dos programas de carros conectados e sistemas inteligentes da Aliança Renault-Nissan.

Com esta compra, as automobilísticas querem agilizar o desenvolvimento de carros conectados e de carros autónomos, bem como garantir um lugar de destaque num mercado emergente que cada vez mais atrai investidores e o interesse dos consumidores.

Até o final da década, a Nissan e a Renault querem ter na estrada mais de 10 carros com tecnologia de condução autónoma.

Citando a Reuters, uma porta-voz não identificada da Renault avançou que a compra da Sylpheo alinha-se com o objetivo da Aliança para recrutar cerca de 300 engenheiros e especialistas na área da automação e conetividade, de forma a fortalecer a sua presença num mercado automobilístico em franca mudança.

Recorde-se que, no passado mês de julho, a Nissan lançou no Japão o seu monovolume Serena, equipado com o sistema ProPILOT, capaz de controlar a condução do veículo enquanto este se desloca numa auto-estrada.

O mercado dos carros autónomos e conectados não só está sob a mira das fabricantes de automóveis, como também está a captar o interesse de empresas que nasceram no seio da tecnologia, como a Uber.

Este controverso serviço digital de transporte afirma-se cada vez mais como um "peso pesado" deste novo sector, e a sua primeira frota de carros autónomos já percorre as ruas da cidade norte-americana de Pittsburgh (EUA). 
A Uber já anunciou os seus planos para levar estes veículos até Londres.

O Departamento de Transportes dos Estados Unidos entretanto apresentou uma proposta de regulamentação destes veículos que se conduzem sozinhos.