Os resultados consolidados do primeiro semestre de 2004 hoje apresentados pela PT SGPS revelam um crescimento de apenas 7,2 por cento nas receitas de exploração, para os 2.921 milhões de euros, embora em termos de resultados líquidos o desempenho do grupo seja muito positivo, numa subida de 124,8 por cento em relação aos valores do primeiro semestre de 2003. Em comunicado a PT SGPS destaca a maior contribuição da brasileira Vivo e das subsidiárias portuguesas TMN e PT Multimédia para estes resultados e para o EBITDA.



Em Portugal, as receitas de exploração tiveram um acréscimo de 3,4 por cento no primeiro semestre de 2004, face a igual período do ano anterior, atribuídos também ao "forte desempenho da TMN e da PTM". Só no segundo trimestre as receitas de retalho da rede fixa, TV por subscrição e banda larga aumentaram 1,3% para 456 milhões de Euros, "reflectindo o forte crescimento das receitas de TV por subscrição e de banda larga, que mais do que compensaram a diminuição das receitas de tráfego na rede fixa", refere o mesmo documento publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).



O EBITDA do grupo aumentou 8,6 por cento neste semestre, situando-se nos 1.166 milhões de Euros, sendo igualmente valorizado o aumento do contributo da TMN, da Vivo e da PTM. Segundo o comunicado, "a performance da margem EBITDA foi bastante positiva em todos os segmentos de negócio domésticos no primeiro semestre de 2004, enquanto que a pressão nas margens da Vivo deveu-se ao forte crescimento de clientes e ao aumento da concorrência".




De forma detalhada pode verificar-se que a receita do negócio da rede fixa teve uma quebra de 0,2 por cento em relação ao segundo trimestre de 2004, situando-se nos 564,9 milhões de euros, quando o negócio móvel em Portugal (TMN) e no Brasil (Vivo) apresentaram crescimentos de 7,1 por cento cada, para os 362,4 e 345,9 milhões de euros, respectivamente. Com resultados mais modestos mas revelando crescimentos mais significativos, a PT Multimédia cresceu 13 por cento, enquanto a TV Cabo e Internet por cabo aumentou 16,5 por cento, para resultados de 105,4 por cento.



ADSL fomenta crescimento de acessos na rede fixa

Em termos de clientes, o forte crescimento do ADSL e a redução do número de linhas desligadas em PSTN/RDIS permitiu um crescimento de 43 mil acessos na rede fixa, para os 4.278 mil. Também na área móvel o crescimento foi significativo, sustentado pela angariação de clientes no Brasil, atingindo-se os 28.446 mil clientes entre a TMN e a Vivo, numa subida de 1.590 mil.



Na banda larga a PT detinha 529 mil clientes de banda larga de retalho no final de Junho de 2004, juntando o ADSL retalhista e grossista, o que equivale a uma taxa de penetração de 10,4% dos acessos (PSTN/RDIS e cabo). As adições líquidas de banda larga de retalho foram cerca de 75 mil no segundo trimestre de 2004 e 138 mil no primeiro semestre de 2004.

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