A Telefonica apresentou lucros de 588,7 milhões de euros entre Julho e Setembro de 2003. O valor representa uma subida de 9,4 por cento face ao período homólogo e segundo a operadora deve-se, em grande medida, à recuperação das vendas no mercado da América Latina - onde aumentou clientes no móvel - e ao impacto do plano de redução de custos e controle da dívida que tem em marcha.



Recorde-se que no Brasil a Telefonica está em parceria com a Portugal Telecom através da Vivo, uma empresa criada pelas duas congéneres com licença para operador nos principais Estados brasileiros o que a torna o maior operador móvel da América Latina.



Em termos globais, as vendas da Telefonica fixaram-se nos 7,27 mil milhões, melhorando 6,4 por cento relativamente ao terceiro trimestre do ano passado. O EBITDA no trimestre cresceu cerca de 17 por cento para os 3,34 mil milhões de euros, para uma dívida líquida de 20,46 mil milhões de euros.



Dentro de portas as receitas da operadora no negócio fixo continuam a cair. No trimestre a queda foi de 0,6 por cento para os 2,54 mil milhões de euros, já no móvel as receitas do incumbente espanhol aumentaram 15 por cento para os 2,67 mil milhões de euros.



O programa de corte de custos da Telefonica prevê a redução de 5,489 funcionários durante este ano o que resultará em custos extraordinários de 894,5 milhões de euros, a suportar no último trimestre de 2003. Entre as iniciativas levadas a cabo contam-se ainda o abandono de algumas licenças UMTS na Europa.



No final do trimestre a operadora contava com 94 milhões de clientes sendo que 47,8 milhões são clientes do serviço móvel e 2,3 milhões clientes de Internet de banda larga, diz um comunicado emitido pela empresa. Nos primeiros nove meses do ano, os resultados líquidos da Telefonica atingiram os 2 mil milhões de euros, contra prejuízos de 5 mil milhões de euros no período homólogo.



Notícias Relacionadas:

2003-03-28 - PT e Telefónica avançam com marca "Vivo" para o Brasil

2002-07-25 - Telefónica Móviles avança com i-mode e congela investimentos UMTS na Europa