A família Lee, detentora do grupo Samsung, está a considerar transformar o negócio em duas entidades distintas, escreve a Reuters, citando fontes não identificadas do jornal sul-coreano Daily Economic.

Segundo consta, esta reestruturação foi proposta pelo grupo de investidores norte-americano Elliott Management e tem como propósito fazer com os Lee tenham um maior controlo sobre o negócio de dispositivos móveis, a “galinha dos ovos de ouro” do conglomerado tecnológico.

O Conselho Administrativo da Samsung vai reunir-se esta terça-feira para discutir e emitir uma resposta à proposta da Elliott Management.

As informações indicam que os planos deste fundo de investimentos passa pela divisão do negócio numa sociedade gestora de participações sociais e uma empresa de operações.

Além disso, e de acordo com a Bloomberg, a Elliott Management quer que a Samsung acrescente três novos membros independentes ao Conselho Administrativo, que se seja cotada numa Bolsa nos Estados Unidos, que aumente os dividendos aos acionistas.

O site refere que os investidores parecem estar inclinados a aceitar a reorganização da Samsung e que estão descontentes com a empresa, depois do escândalo que envolveu os Galaxy Note 7 e as “baterias explosivas”, que vai custar, pelo menos, 6.000 milhões de dólares.

A tecnológica de Seul ainda não emitiu qualquer comentário acerca desta proposta.

Vale a pena sublinhar que, nas últimas semanas, a Samsung tem estado sob as luzes da ribalta, e não pelas melhores razões.

As autoridades judiciárias sul-coreanas estão a investigar possíveis ligações entre a tecnológica e uma conselheira e amiga pessoal de longa data da Presidente Park Geun-hye, que está no centro de uma polémica relativamente a alegadas práticas de tráfico de influências e corrupção.