Depois de vários dias de negociações os conselhos de administração da SBC e da AT&T anunciaram a conclusão um dos maiores negócios do ano na área das telecomunicações que levará ao desaparecimento virtual da marca do antigo monopolista norte-americana. A compra da AT&T pela sua anterior participada está avaliada em 16 mil milhões de dólares (12,6 mil milhões de euros), o que abarca a rede nacional e uma carteira de 3 milhões de clientes empresariais.



A SBC (Southwestern Bell), que tem as suas raízes na AT&T, pretende com esta aquisição expandir as suas competências a nível nacional, enquanto garante maior poder concorrencial com outras empresas de telecomunicações, conhecidas como Baby Bells.



Os executivos da SBC indicaram já que a empresa vai pagar 15 mil milhões de dólares em acções mais mil milhões em dinheiro, uma quantia equivalente ao preço de fecho das acções da AT&T na sexta-feira.



Se o negócio se concretizar as duas empresas devem ter vendas combinadas de 70 mil milhões de euros anuais e um total de 212 mil funcionários. Apesar de se especular que este é o fim do antigo monopolista de telecomunicações norte-americanas não há ainda uma decisão sobre se a marca da AT&T se irá manter ou não.



As estimativas apontam para uma redução de custos na ordem dos 15 mil milhões de dólares, nos quais se incluem as reduções de efectivos, que ainda não foram comunicados. O negócio tem ainda de ser aprovado pelas entidades reguladoras, que fizeram já saber que não deverão levantar grandes dificuldades.




O monopólio da AT&T foi desmantelado em 1984 com a separação da empresa em várias companhias regionais, conhecidas como Baby Bells. A SBC é uma das mais antigas afiliadas da AT&T, tendo-se tornado uma das sete companhias regionais independentes depois da divisão do mercado.



Com o negócio a SBC irá transformar-se no maior operador de longa distância e ainda no maior fornecedor de serviços de telefones e dados empresariais nos Estados Unidos. A empresa detém já 50 milhões de clientes em 13 Estados e é dona de uma participação de 60 por cento na Cingular Wireless, o maior operador móvel do país.

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