A Comissão Europeia, a ENISA e países da UE discutem esta terça-feira, dia 18 de junho, o chamado esquema de certificação de cibersegurança europeu (EUCS), que visa ajudar governos e empresas a escolherem fornecedores seguros para serviços de computação na nuvem.

Apresentado em 2020, o projeto passou por várias alterações, com uma das versões mais recentes a retirar os requisitos de soberania que obrigavam as tecnológicas norte-americanas a formar joint ventures ou cooperar com empresas da UE para armazenar e processar dados, de modo a aspirarem ao mais alto nível do “selo” de cibersegurança da UE.

Mais de 20 grupos industriais vêm agora defender um EUCS “inclusivo e não discriminatório” que apoie a livre circulação de serviços em nuvem na União Europeia como essencial “para que seus Estados-membros prosperem e contribuam para as ambições digitais da Europa, reforçando a sua resiliência e segurança”, referem em comunicado citado pela Reuters.

Tal deve passar por não deixar de fora gigantes tecnológicas como a Amazon, Alphabet e a Microsoft. A remoção de controlos de propriedade e requisitos de proteção contra acesso ilegal “garante que as melhorias na segurança cloud se alinhem com as melhores práticas da indústria e princípios não discriminatórios”, afirmam.

Entre os signatários da carta estão a Câmara Americana de Comércio na UE em vários países, a Federação Europeia de Instituições de Pagamento e outras associações industriais europeias.

Fornecedores de serviços cloud na Europa, como Deutsche Telekom, Orange e Airbus, pressionaram por requisitos de soberania devido a preocupações sobre acesso ilegal a dados por governos de países terceiros.