A Sonae.Com apresentou ontem uma proposta à EDP para negociar a fusão dos projectos de rede fixa de telecomunicações Novis e Oni e a aquisição dos activos da operadora de rede móvel OniWay. Esta proposta vem confirmar os rumores que há muito corriam no mercado sobre a possibilidade de fusão das empresas e a criação de um novo operador de rede fixa mais forte que pudesse fazer frente ao Grupo Portugal Telecom.



Face à actual conjuntura do mercado de telecomunicações "é recomendável um movimento no sentido da consolidação", pode ler-se no comunicado do grupo Sonae, onde se explica que a comissão executiva da Sonae.Com decidiu endereçar à EDP, enquanto principal accionista do Grupo Oni, "uma proposta negocial, sujeita a contrato, na qual se contempla, em primeira linha, a fusão da Novis com o negócio de telecomunicações fixas em Portugal da Oni". A correspondente razão de troca deve ser determinada por uma entidade independente, adianta-se no mesmo documento.



Na proposta negocial apresentada, a Sonae.Com manifesta ainda à EDP a sua disponibilidade para adquirir os activos da OniWay, mas caso os accionistas da Oni optem por não dar continuidade ao projecto de UMTS, para o qual têm uma licença.



No mesmo documento salienta-se ainda que a proposta é da exclusiva responsabilidade da Sonae.com, não tendo os respectivos termos sido previamente negociados com os accionistas da Oni.



A empresa do grupo Sonae compromete-se a desenvolver os procedimentos necessários com vista ao estabelecimento de um novo acordo accionista para a Optimus, desde que a eléctrica portuguesa - isoladamente ou em conjunto com outros accionistas da Oni - recupere a titularidade da sua participação na operadora móvel.



A empresa de Belmiro de Azevedo admite que está disponível para aceitar de novo a EDP, isoladamente ou em conjunto com outros accionistas da Oni, na estrutura de capital da Optimus. A EDP já controlou 25 por cento do capital da Optimus, mas viu-se obrigada a vender a sua posição no início deste ano devido à impossibilidade legal de um mesmo operador deter participações em duas empresas com licença de UMTS.



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