A SonaeCom revelou hoje que o seu volume de negócios em relação ao ano de 2001 foi de 731 milhões de euros (146,5 milhões de contos), ou seja, obteve um crescimento de 40 por cento em comparação com os valores apresentados em 2000. A empresa atribui o valor alcançado à estratégia orientada para o cliente na prestação de serviços de voz, dados e Internet.



Por seu lado, as margens operacionais passaram de 6,6 milhões de euros negativos (1,3 milhões de contos) para 21,9 milhões de euros positivos (4,3 milhões de contos), o que de acordo com a SonaeCom se deve ao crescimento do negócio das participadas e respectivos ganhos por economias de escala, e ao esforço da gestão da empresa em controlar os custos e o consumo de liquidez.



Em relação aos resultados consolidados de 2001 da SonaeCom, para além do volume de negócios já referido, o valor alcançado pelas receitas de serviços foi de 642,2 milhões de euros (128,7 milhões de contos), um acréscimo de 43 por cento face ao ano anterior, salientando o aumento de 53 por cento nos serviços de voz, dados e Internet, cujo tráfego passou de 3 biliões para 4,6 biliões de minutos. Já a dívida bruta consolidada é de 568,6 milhões de euros (113,9 milhões de contos).



A EBITDA cresceu 4 por cento em relação a 2000, registando-se em 55,6 milhões de euros (11,1 milhões de contos), enquanto a EBITDA com eliminação de custos diferidos registou uma variação positiva, passando de 6,6 milhões de euros negativos (1,3 milhões de contos) para 21,9 milhões de euros (4,3 milhões de contos). Em relação ao Investimento Consolidado (excluindo custos capitalizados) registaram-se 197 milhões de euros (39,4 milhões de contos), dos quais 67 por cento foram investidos na Optimus e 19 por cento na Novis.



O sector dos media, que sofreu no ano passado com a recessão económica, não afectou, de acordo com informações da SonaeCom, os resultados do jornal Público que obteve um volume de negócios 2 por cento superior e uma quota de mercado em receitas de publicidade que registou uma evolução positiva na quota de mercado para 21,1 por cento, enquanto que em 2000 tinha sido 18,5 por cento.



Em relação à Optimus esta alcançou um volume de negócios de 618 milhões de euros (123,8 milhões de contos) – 35 por cento superior a 2000 – e um aumento de 38 por cento nas receitas de serviços para 551 milhões de euros (110,4 milhões de contos). As receitas de dados cresceram 136 por cento, tendo o seu peso na receita de clientes passado de 5,3 por cento em 2000 para 10 por cento no ano passado. Responsáveis atribuem parte dos bons resultados ao aumento de 250 por cento no número de mensagens escritas enviadas pelos seus clientes. Quanto à receita média por cliente – ARPU – foi de 28,4 euros (5,700 escudos).



O operador de redes móveis da SonaeCom, foi no ano transacto aquele que mais aumentou a sua quota de mercado – passando de 21,2 por cento em 2000 para uma quota estimada de 22,4 por cento no fim de 2001 –, tendo aumentado o seu número de subscritores em 36 por cento para 1,916 milhões, ou seja, mais 505 mil clientes. Em relação aos índices de rentabilidade, o custo médio mensal por cliente – CCPU – desceu 13 por cento em relação a 2000, para 26,3 euros (5,270 escudos), e a margem operacional por cliente – ARPU deduzido do CCPU – aumentou 40 por cento, fixando-se nos 7,4 por cento.



A empresa de telecomunicações Novis concluiu o exercício relativo a 2001 com um total de 94.265 clientes activos em pré-selecção, 76 por cento de uma base de clientes activos nos últimos 30 dias, que subiu para cerca de 124 mil. Segundo o comunicado de imprensa divulgado, a empresa alcançou no quarto trimestre a liderança de mercado nos operadores alternativos com 6,5 por cento de quota.



Em comparação com 2000, o número de acessos directos instalados cresceu 353 por cento, aumentando de 230 em 2000, para 1.041 em 2001. O trafego total também cresceu 53 por cento, em comparação com 2000, conseguindo 2.193 milhões de minutos.



As receitas da Novis registaram um aumento de 136 por cento em relação ao período homólogo, situando-se em 104 milhões de euros (20,8 milhões de contos), dos quais 46 por cento são provinientes dos segmentos Corporate e PMEs. A empresa chama ainda atenção para a construção de infra-estruturas próprias para acesso directo, em particular a conclusão do backbone de alta capacidade entre Lisboa e Porto, com uma extensão de 1.046 kms, e a construção da MAN que vai já nos 3.302 kms.



Também o portal Clix – que espera alcançar o break-even em 2003, um ano antes do previsto – obteve resultados positivos em 2001 com uma quota de mercado de 26 por cento no segmento do fornecimento de acesso à Net no mercado residencial, segundo dados da Bareme Marktest. Em relação ao número de utilizadores activos registou 232 mil, ou seja, mais 31 por cento que em 2000 – o que significa 469 milhões de minutos de tráfego no fim do 4º trimestre.



Quanto ao número de page views mensais a quantidade mais do que duplicou, alcançando 52,4 milhões. O número de unique visitors aumentou 44 por cento fixando-se nos 857 mil em Dezembro de 2001, contra os 596 mil em período homólogo de 2000. O Volume de Negócios foi de 17,6 milhões de euros (3,5 milhões de contos), segundo a empresa cerca de quatro vezes mais do que o registado em 2000.



Já a consultora da área de telecomunicações WeDo Consulting e a Enabler, empresa integradora de sistemas para operadores de retalho, intercionalizaram os seus negócios. Durante o ano passado a WeDo firmou com a Telemar, no Brasil, um contrato de 3,4 milhões de euros (681,6 milhões de contos) para os próximos três anos. Um aumento de 21 por cento no volume de negócios foi quanto a Enable conseguiu em 2001, para além de reforçar a sua posição no Reino Unido, estando já previsto para este ano a expansão para a Alemanha e França.



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