Foram apresentados ontem, depois do fecho da bolsa, os resultados financeiros da SonaeCom relativos ao segundo trimestre fiscal de 2003. A holding que engloba as áreas de telecomunicações e media do grupo Sonae registou uma melhoria de 80% no EBITDA mas continua a apresentar resultados líquidos negativos, que se cifram agora em 4 milhões de euros apesar de uma subida de 71% em relação ao período homólogo, altura em que as perdas eram de 15 milhões de euros negativos.

Paulo Azevedo, director executivo da holding, salienta em comunicado a sua "enorme satisfação em anunciar que a Sonaecom está a cumprir com todas as premissas inicialmente definidas para atingir os objectivos financeiros e operacionais para o ano". Destacando que a Optimus continua a gerar, trimestralmente, um FCF positivo e que as restantes unidades de negócio reduziram significativamente os seus níveis de consumo de fundos, Paulo Azevedo afirma ainda que "Em algumas áreas, a actual performance ultrapassa inclusive as nossas melhores expectativas".

Relativamente ao período homólogo de 2002, a Sonaecom registou uma melhoria da rentabilidade, melhorando o desempenho financeiro sobretudo como resultado do esforço de contenção de despesas e maior eficácia nos processos de negócio. De facto, em termos de volume de negócios este trimestre foi até abaixo do segundo trimestre de 2002, realizando-se menos 1% de volume de vendas. De acordo com o comunicado, esta redução resulta principalmente do ajustamento feito às contas da Optimus para reflectir os valores das tarifas de interconexão móvel-móvel determinado pela Anacom.

Apesar do impacto desta redução nas contas da operadora móvel da holding, a Optimus é a empresa que melhores resultados apresenta dentro da Sonaecom. Registando um resultado líquido positivo no segundo trimestre consecutivo, de 4 milhões de euros, a Optimus aumentou o EBITDA em 34%, para 35 milhões de euros.

Em termos de volume de negócios foi assinalada uma queda de 3,5% face ao período homólogo derivada também das alterações de tarifas de interconexão, mas a empresa continuou a angariar novos clientes, aumentando a sua base total de subscritores para 2.188 mil com a entrada de 24 mil novos assinantes. A receita média por utilizador (ARPU) teve uma subida de 6% em relação ao primeiro trimestre de 2003, mas está ainda 13% abaixo dos valores do segundo trimestre de 2002, situando-se nos 21,8 euros.

Por seu lado, a Novis aumentou a sua base de clientes activos em 24%, para 146 mil, sendo a grande parte dos novos assinantes pertencentes ao segmento residencial. Em termos de receitas os números não são tão positivos, apesar do volume de negócios não ser directamente comparável com o segundo trimestre de 2002 devido à transferência de actividade de venda de equipamentos para a BizDirect no início de 2003. Os resultados líquidos da empresa mantêm-se negativos, nos 8 milhões de euros, apesar da melhoria em relação ao período homólogo.

Também o volume de negócios do Clix registou uma descida de 6%, para 8
milhões de euros, relativamente ao mesmo trimestre do ano anterior, o que é atribuído às condições do mercado Internet de banda larga.

Pelo contrário, o Público assinalou um aumento de 30% no volume de negócios, qie se situa agora em 13 milhões de contos, apesar de uma quebra de circulação média de 3%. Este aumento é atribuído ao sucesso dos produtos associados ao jornal diário.

Para o resto do ano a empresa prevê um crescimento do volume de negócios "relativamente
baixo", mas refere que a "Gestão considera que existe margem para alcançar
mais aumentos na rentabilidade operacional e FCF".

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