A Sonaecom apresentou à CMVM um requerimento que sugere uma redução da contrapartida na Oferta Pública de Aquisição sobre a Portugal Telecom. A nova proposta propõe uma redução do preço por acção dos 9,50 euros para os 9,41 euros, o que se traduz em menos 9 cêntimos por acção e menos 100 milhões de euros em termos globais.




No requerimento entregue à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários a Sonae explica que esta revisão em baixa desconta a diferença entre o dividendo suposto antes da OPA e o dividendo aprovado em Abril deste ano, que prevê o pagamento de 0,475 euros por acção.




A empresa liderada por Paulo Azevedo sublinha que a sua oferta "se baseou no pressuposto de que não seriam aprovadas deliberações no sentido de distribuir bens ou reservas da sociedade visada, sem prejuízo apenas da distribuição de 0,385 euros por acção, a título de dividendos relativos ao exercício de 2005", cita o Jornal de Negócios.




Durante a manhã as acções do incumbente ressentiram-se do movimento mas continuaram a ser negociadas acima do valor actual e mesmo do novo valor proposto para a contrapartida.




A OPA da Sonae sobre a PT tem animado o mercado com a revelação recentemente dos remédios propostos pela Autoridade da Concorrência, com a concordância da Anacom. Como refere a edição de hoje do Jornal de Negócios, o regulador sectorial propôs até boa parte dos remédios alinhados, considerando que estes são suficientes para compensar a fusão com a Optimus.




De acordo com o projecto de decisão da OPA, a que o diário teve acesso, no mercado móvel "é posição do ICP-Anacom que a devolução da totalidade das frequências equivalentes a uma das operações móveis afectadas pela operação, a imposição de verdadeiros compromissos associados à criação de condições efectivas para a entrada, sustentada e rápida, de operadores móveis virtuais no mercado e a implementação de mecanismos de redução dos efeitos de rede constituem medidas alternativas à venda do operador Optimus".

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