A SonaeCom encerrou o ano de 2002 com um prejuízo de 74,5 milhões de euros, o que representa uma pequena diminuição das perdas face aos 76,4 milhões de euros contabilizados em 2001. A empresa obteve ainda pela primeira vez um free cash flow positivo no último trimestre do ano.

Os resultados ajustados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) cresceram 461 por cento, fixando-se nos 123 milhões de euros, tendo a margem do EBITDA aumentado de três para 15 por cento, indica a empresa em comunicado. Os custos capitalizados e diferidos da SonaeCom caíram 40% para os 103 milhões de euros em 2002. Em simultâneo, o endividamento líquido registou uma diminuição de 26 por cento, para os 378 milhões de euros.

Por outro lado, o volume de negócios consolidado cresceu 8 por cento para 793 milhões de euros e os resultados antes de impostos e extraordinários
melhoraram para 109 milhões de euros negativos, contra 133 milhões de euros negativos. No total, os clientes cresceram oito por cento, situando-se agora nos 2,5 milhões, tendo o tráfego total subido 14 por cento para 5,1 mil milhões de minutos. No ano passado, a SonaeCom reduziu em sete por cento a sua força de trabalho.

Comentando estes resultados, a empresa afirmou que pretende melhorar o seu desempenho financeiro em 2003 e aumentar o EBITDA com uma consequente redução de custos e através da aposta em novos produtos. A companhia apelou ainda à actuação da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) no sentido da liberalização efectiva do mercado de Internet e telecomunicações.

Contando entre os seus activos com a Optimus, a Novis, o Clix, o jornal Público, entre outros, a SonaeCom fez questão de salientar outra vez no comunicado de divulgação dos resultados a "necessidade urgente de implementação de um enquadramento regulatório eficaz para o sector de Internet e das telecomunicações". A empresa apelou ainda à actuação "proactiva da Anacom na promoção efectiva de um mercado liberalizado e na resolução dos desequilíbrios sectoriais actualmente penalizadores dos operadores alternativos de Internet e de fixo".

Ao longo de 2002, os investimentos da SonaeCom totalizaram os 125 milhões de euros, tendo a Optimus recebido 72 por cento desse montante, isto é, 90 milhões de euros. Por seu lado, a Novis gastou 22 por cento desse total.

No final do ano passado, o Clix registava um volume de negócios de 36 milhões de euros, o que representou um aumento de 103 por cento face a 2001. Os prejuízos operacionais deste ISP e portal melhoraram em cerca de 50 por cento, para os cinco milhões em 2002, devido "à melhoria da eficiência e da política de contenção de custos".

A quota de mercado do Clix atingiu os 21,6 por cento, de acordo com um estudo da Marktest, tendo-se sentido a perda de três por cento dos clientes que migraram para soluções de Internet de banda larga antes do lançamento da oferta de ADSL deste fornecedor de acesso. O Clix terminou o ano com 226 mil clientes activos, tendo gerado 1,8 mil milhões de minutos.

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