Depois de se afastar da problemática relação com a Bertelsmann AG, que dava origem à antiga Sony BMG, a empresa japonesa anunciou que quer dar novo impulso ao segmento, harmonizando a compatibilidade entre a música e a electrónica, diz um comunicado à imprensa.

A relação entre as duas entidades deu origem à segunda maior editora mundial, factor que não foi suficiente para que os lucros obtidos colmatassem os prejuízos de um segmento cada vez mais afectado pela pirataria e novos formatos digitais. A estratégia conjunta não funcionou pelo que a Sony decidiu adquirir a parte da Bertelsmann, no início deste mês, por 900 milhões de dólares.

Com esta transacção a Bertelsmann passará a focar a atenção no seu crescente negócio destinado à publicação de revistas e livros e segmento televisivo e dará a oportunidade exclusiva da Sony vigar, por si só, no mercado da música, desta vez com a designação Sony Music Entertainment.

Ao deter a totalidade da editora, a Sony poderá impulsionar a sua presença no mercado e aliar os sucessos a outras áreas de negócio, neste caso a electrónica, tal como alia actualmente a marca Sony Pictures para promover as vendas dos televisores Bravia.

É de salientar que a parceria entre as duas partes deixou, muitas vezes, a Sony ficar para trás face às suas concorrentes e chegou a prejudicar o seu próprio negócio. Um dos casos mais debatidos foi o que levou a Bertelsmann a insistir que a parceria Sony BMG canalizava os vídeos musicais dos artistas por si agenciados para os utilizadores da Xbox 360 ao invés de o fazer para os da PS3. Como tal, os utilizadores da consola da Sony não podiam receber vídeos da editora tutelada pela própria marca.

Noutra situação, a Sony BMG foi a ultima editora a aliar-se à loja online PlayNow Arena da Sony Ericsson, o único negócio de música para telemóveis tutelado pela Sony.