O mais recente relatório de contas da Sony dá nota do aumento das receitas do ano fiscal relativos à PlayStation, em 27,5 mil milhões de dólares. A fabricante fechou um ano sólido no negócio de gaming, ainda que não tenha conseguido atingir os valores projetados para as unidades de consolas vendidas. A divisão Game & Network Services, que inclui a PlayStation cresceu 17% quando comparado com o período homólogo anterior, e os lucros operacionais cresceram 16% para 1,9 mil milhões de dólares.
Durante o ano fiscal, a Sony distribuiu 20,8 milhões de PlayStation 5, um aumento face ao ano anterior que registou 19,1 milhões, mas o seu objetivo ficou ligeiramente atrás das projeções feitas de 21 milhões de unidades, que por sua vez já tinha sido corrido dos 25 milhões iniciais.
A empresa registou vendas de software no valor de 14,1 mil milhões de dólares, um aumento de 24% face ao ano anterior, sendo que as versões digitais e expansões contabilizaram com 12,1 mil milhões de dólares, num aumento de 27%. Ao todo foram vendidos 286,4 milhões de jogos para a PS5. No ano anterior a PlayStation tinha vendido 264,2 milhões de unidades, dos quais 43,5 milhões foram produzidos pelos estúdios internos.
E por falar em vendas de jogos, Helldivers II, lançado em fevereiro, vendeu 12 milhões de unidades em apenas 12 semanas no PC e PS5. O jogo foi considerado pelos executivos da empresa como o jogo mais rapidamente vendeu para a PlayStation até à data. O serviço PS Plus também somou 3,5 milhões de dólares, num crescimento de 17%. A Sony reportou que existem 118 milhões de utilizadores ativos na PSN até ao final de março de 2024, tendo perdido 5 milhões face ao terceiro trimestre fiscal que registou 123 milhões de utilizadores. Mas quando comparado com o mesmo período homologo do ano passado, aumentou 10 milhões, dos 108 milhões de 2023.
Além das contas, a Sony revelou finalmente o sucessor de Jim Ryan, que saiu da liderança da PlayStation em abril. Desta vez a fabricante optou por dois líderes: Hermen Hulst e Hideaku Nishino que passam a ser os novos CEOs vão assumir uma separação interna da PlayStation.
Hermen Hulst, o fundador da Guerrilla Games e que atuava recentemente como líder dos estúdios internos da Sony. O executivo mantém a função, agora renomeado como Studio Business Group, que além dos estúdios internos, também envolve a exploração das propriedades da PlayStation em outros meios, como a TV ou adaptações ao cinema.
Já Hideaku Nishino passa a ser responsável pela nova Platform Business Group, que inclui todo o hardware das consolas, a tecnologia, acessórios, a PlayStation Network e ainda a relação com os estúdios e parceiros externos, sejam editoras ou indies. Anteriormente, Nishino era senior vice-presidente da divisão Platform Experiences, tendo passado por diferentes lugares desde que entrou na empresa em 2006.
Ambos os executivos passam a reportar a Hiroki Totoki, o chairman da Sony Interactive Entertainment, que tinha acumulado o cargo de CEO desde a saída de Jim Ryan. É também COO e CFO da Sony Group Corporation. Este movimento inédito de promover dois nomes internos a CEO reflete o crescimento exponencial do negócio da PlayStation, relativamente à escala dos seus produtos.
Espera-se mais conversões de jogos a PC, adaptações dos seus universos a séries de televisão e filmes, assim como a expansão do modelo de jogos live service. De recordar também que a PlayStation procedeu a uma restruturação em fevereiro, despedindo 900 trabalhadores, numa redução de 8% do seu talento.
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