Já são conhecidos os eleitos para a primeira edição dos prémios “Deloitte Technology Fast 50 Portugal”, o ranking das 50 empresas de tecnologia que mais crescem em Portugal. A liderança do ranking é da Sword Health, o unicórnio de origem portuguesa que desenvolveu uma plataforma que prevê, previne e trata patologias músculo-esqueléticas.

A segunda posição da tabela é da Addvolt, dona de uma solução que permite recuperar, produzir e armazenar energia elétrica a bordo de camiões de transporte sob temperatura controlada. O top 3 do ranking fecha com a Knok, que desenvolve soluções para telemedicina apoiadas em inteligência artificial.

As distinções do Fast 50 são complementadas com mais alguns prémios. Na categoria Women in Leadearship venceu Daniela Braga, fundadora e CEO da Defined.ai. Na categoria Rising Stars as empresas distinguidas foram a Sensei, Bloq.it e Musiversal. Já na categoria Tech Rocketship, a distinção vai para a Feedzai e no segmento Impact a escolhida foi a Doutor Finanças.

O Fast 50, versão Portugal, reconhece e traça o perfil das empresas de tecnologia, com presença em Portugal, que mais fizeram crescer as suas receitas em quatro anos. Neste caso, a análise observou o período entre 2019 e 2022.

A consultora apurou ainda que, no seu conjunto, as Fast 50 somaram um volume de negócios agregado de mais de 550 milhões de euros, num crescimento de 265% face ao valor apurado para 2019.

As exportações destas 50 empresas de tecnologia alcançaram os 250 milhões de euros, também a crescer face a 2019, neste caso 179%, e o mesmo aconteceu com o número médio de colaboradores nas 50 empresas de crescimento mais rápido em Portugal. Em média, aumentaram o seu universo de colaboradores em 400% em quatro anos.

“Neste ranking estão representadas empresas de 11 distritos diferentes, o que demonstra que o crescimento acelerado, a inovação e o empreendedorismo não são um exclusivo das grandes cidades”, sublinha Pedro Brás da Silva, Associate Partner da Deloitte.

“São empresas que praticamente não existiam e que no seu agregado já têm algum significado para a economia nacional”, acrescenta o responsável. Os dados apurados pela Deloitte mostram ainda que 80% destas empresas já apresentam resultados positivos.

Vale a pena dizer que as empresas inscrevem-se para poderem vir a ser contempladas neste ranking. Para se candidatarem têm de cumprir um conjunto de critérios, como por exemplo, ter propriedade intelectual ou tecnologia própria que contribua para uma parte significativa das receitas operacionais da empresa. Devem ainda ser empresas que obtenham uma parte significativa das receitas operacionais a partir de investigação e desenvolvimento de tecnologia, que operem intensamente com tecnologia, ou a utilizem de forma única para resolver problemas.