O TikTok vai juntar-se à lista de empresas tecnológicas que começam o ano de 2024 a despedir para cortar custos, adianta o site NPR. A informação foi passada à publicação por funcionários da empresa, a quem foi dito que as saídas eram uma decisão de gestão normal, mas o site assegura que a medida faz parte de um plano de corte de custos.

Para já, a informação disponível, que não tem confirmação oficial, diz que vão sair 60 pessoas da empresa em diferentes escritórios nos Estados Unidos, mas também noutras geografias, sobretudo nas áreas comerciais, vendas e publicidade. O número não é significativo, num universo de 150 mil colaboradores, mas está a ser apontado pelo site que publica a informação, como mais um sinal de “pânico” nas tecnológicas.

A Alphabet, dona da Google, assumiu há dias que este ano pretende avançar com novas reduções de pessoal, numa mensagem do próprio CEO Sundar Pichai, que sublinhou a necessidade de simplificar e dar agilidade às operações da companhia. Dias depois da mensagem surgiram aliás as primeiras notícias de despedimentos no grupo, para já nos laboratórios X, dedicado ao desenvolvimento de inovações e projetos com ambições de ajudar a mudar o mundo, para melhor. Segundo informação já confirmada pela empresa ao Engadget, as saídas ocorrem no âmbito de uma reestruturação que visa agilizar a organização da estrutura.

Na declaração enviada à publicação, a Alphabet sublinha que as mudanças que está a fazer no início de 2024 dão sequência às realizadas no final de 2023, quando “parte das nossas equipas fizeram mudanças para ganhar eficiência, trabalhar melhor e alinhar os seus recursos para os produtos mais prioritários”.

A Amazon também já confirmou, à mesma publicação, que está a preparar mais saídas: 5% dos colaboradores, afetos principalmente às equipas das unidades Buy e Prime.

Nos videojogos também há novos anúncios de despedimentos. A Riot Games anunciou já esta semana que vai prescindir do trabalho de 530 colaboradores, 11% da sua força de trabalho, e encerrar a Riot Forge, que ajudou a fazer nascer seis novos jogos indie, incluindo Bandle Tale: A League of Legends Story, com lançamento previsto para 21 de fevereiro. Numa nota, a empresa congratula-se com a experiência do trabalho realizado com developers indie, mas explica que é tempo de recentrar esforços no negócio principal.

Ainda sobre o TikTok, no ano passado surgiram também notícias de despedimentos na empresa do grupo chinês ByteDance na Irlanda, que terão afetado a equipa local de recursos humanos. Em 2022, a empresa terá também dado ordem de saída a vários funcionários, no âmbito de uma reestruturação global das operações.

Um estudo recente mostra que o ritmo de crescimento da app começou a abrandar. Em 2023, o TikTok manteve-se no lugar mais alto do pódio em número de downloads e gastos em aplicações, sem conseguir roubar a liderança ao Facebook no ranking das apps onde os utilizadores passam mais tempo. Ainda assim, novos dados da Sensor Tower relevam que, se em 2022 o crescimento médio mensal de utilizadores ativos do TikTok foi de 12% por trimestre, no ano passado desceu para 3%. Há já quem diga que o TikTok Shop pode ter alguma responsabilidade no maior desinteresse pela plataforma.