As previsões da Check Point para 2017 apontam os colaboradores como um dos principais alvos na mira dos cibercriminosos, por servirem de porta de entrada nos sistemas da empresa, uma tendência que já integrava no seu Relatório de Segurança do ano passado.

Estima-se que, em 2017, um em cada cinco colaboradores das empresas será responsável involuntário por alguma falha de segurança que afete dados corporativos, seja através de malware móvel ou de redes Wi-Fi maliciosas, avança-se.

Paralelamente, as falhas geradas a partir de smartphones e tablets serão um problema de segurança empresarial cada vez mais importante. “Especialmente no Android, devido ao elevado número de utilizadores e às políticas da Play Store, que fazem com que a maioria dos ataques se dirija a este sistema operativo”, sublinha-se.

Num balanço do ano que está prestes a terminar, a Check Point refere o phishing como o tipo de ataque que mais cresceu – mais concretamente 80% - algo que deverá continuar a acontecer em 2017. É, aliás, o método favorito dos hackers, quando três em cada quatro campanhas de malware são difundidas desta forma, ressalva-se.

Mas os emails fraudulentos não servem só para o roubo de credenciais, podendo também conter ransomware. Este tipo de malware foi um dos indiscutíveis protagonistas de 2016: encripta os dados dos equipamentos e servidores empresariais, e exige resgates pela sua recuperação.

Revelando-se muito lucrativos para os cibercriminosos, os ataques de ransomware são uma tendência que também deverá continuar a perdurar em 2017, recorrendo a novos métodos.

Negócio da Check Point a crescer em Portugal

Num balanço do negócio no mercado português, Rui Carneiro Duro afirma que o ano que agora termina superou as expectativas. “Apesar dos constrangimentos orçamentais, principalmente na Administração Pública, o ano correu muito bem à Check Point e iremos fechá-lo com um crescimento significativo”, garante.

O Sales Manager da Check Point para Portugal acrescenta que as receitas cresceram “acima das previsões mais ambiciosas”. Para esse aumento contribuiu “uma maior consciencialização das empresas no que se refere à necessidade de implementar soluções de prevenção de ameaças”, considera.

Para 2017, Rui Duro afirma que as expectativas são grandes: “esperamos ter mais um ano a crescer, impulsionado sobretudo pelas novas tecnologias que aí vêm e pela necessidade de cumprimento regulatório por parte das empresas”.