Foi hoje assinado um contrato de cooperação entre a UMIC, a FCCN e a Microsoft na área da segurança informática. O contrato surge no seguimento do Memorando de Entendimento assinado pelo Governo com a Microsoft em Fevereiro do ano passado, no qual a segurança era um dos pontos-chave, e produz efeitos imediatos.

Luís Magalhães, presidente da UMIC, explica que este acordo dá à Agência para a Sociedade do Conhecimento um acesso a informação privilegiada da Microsoft sobre segurança, funcionando depois a agência como veiculo de disseminação dessa informação para o Governo e a Administração Pública, assim como para outras entidades, nomeadamente através da FCCN, que gere o CERT.pt, o Centro de resposta a emergências de segurança informática.

A Microsoft tem vindo a estabelecer colaborações semelhantes com diversas entidades governamentais em vários países, nomeadamente na Coreia do Sul, Canadá, Chile e Suiça, através do Security Cooperation Program, que prevê a partilha de informação entre a companhia e os Estados para prevenir quebras de segurança mas também reagir perante possíveis incidentes.

Nuno Henriques, director geral da Microsoft Portugal, adianta que a informação fornecida à UMIC é privilegiada pela antecipação em relação aos dados que a empresa fornece a clientes empresariais e utilizadores finais, embora realce que existem diversos veículos de comunicação e até de correcção automática dos problemas de segurança. O responsável da Microsoft em Portugal destaca ainda a importância da associação a uma entidade que gera confiança no domínio público para a disseminação da informação perante as várias comunidades de utilizadores, nomeadamente a Administração Pública e o mundo académico.

A FCCN, e o CERT.pt, são duas estruturas chave neste contrato por poderem fazer a ponte com a comunidade académica, com mais de um milhão de utilizadores ligados à Rede Ciência Tecnologia e Sociedade (RCTS), onde a plataforma Microsoft tem um peso importante. Pedro Veiga, presidente da Fundação, diz que a colaboração com a Microsoft já existia informalmente através do CERT, tal como acontece com outras entidades, mas que este contrato formaliza agora a comunicação. O responsável não afasta também a possibilidade de essa formalização vir a acontecer com outras empresas de segurança, sobretudo se o CERT.pt avançar para sistemas automáticos ou semi-automáticos de acesso a informação.

A UMIC e a FCCN têm vindo a trabalhar para a criação de um CERT dentro da Administração Pública, um projecto que está em curso, confirmou Luís Magalhães. "O CERT na Administração Pública será criado de uma forma muito pragmática, tirando partido de recursos partilhados e das ligações em rede" explica o presidente da UMIC, adiantando que com o crescimento da actividade poderá então vir evoluir para outros formatos e até para vários pólos de CERT dentro da Administração Pública.

Pedro Veiga adiantou ainda em conferência de imprensa que depois do Verão deverá ser criado um site português da ENISA, replicando informação da Agência Europeia de Segurança, na qual o presidente da FCCN é o representante português. Pedro Veiga salienta que a disseminação de informação sobre segurança e a sua adaptação para a língua portuguesa é fundamental, sobretudo para chegar junto do utilizador final.

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