Um estudo do Eurostat mostra que a utilização dos serviços públicos electrónicos pelas empresas está directamente relacionada com o tipo de actividade que estas desempenham, sendo que os sectores que mais interagem com este tipo de serviços são o imobiliário, empresas de aluguer e negócios. Esta tendência verifica-se também em Portugal, onde 63 por cento das empresas desta última categoria dizem ter consultado sites públicos em 2003, ano em análise.



O relacionamento com os serviços públicos electrónicos é também mais visível nas empresas de maior dimensão. Nas pequenas empresas esse relacionamento é menos comum, com excepção de países como a Finlândia e a Suécia.



Em Portugal são também as grandes empresas quem mais recorre à Internet para consultar informação ou serviços públicos, cerca de 86 por cento das empresas com mais de 250 empregados garantem tê-lo feito. Nas organizações com 10 a 49 empregados apenas 41 por cento admitem ter recorrido aos serviços digitais.



Os países mais desenvolvidos neste contacto com os serviços públicos - quer no domínio individual, quer empresarial - são a Dinamarca, Finlândia e Suécia, sublinha o documento. Esta utilização é ainda mais intensa a nível individual onde se regista um aumento significativo com alguns países a duplicarem os números de utilização dos serviços, face ao ano anterior.



Neste tipo de utilização individual a faixa entre os 25 e os 34 anos é a que mais recorre à Internet para usar serviços públicos, regra que se confirma em Portugal, mas sem que o número de pessoas que recorrem à net para consultar serviços públicos a nível individual tenha aumentado significativamente. Segundo o estudo, apenas 5 por cento dos inquiridos o fizeram.



De acordo com os mesmos números, 43 por cento das empresas da Europa dos 15 interagiram com sites de organismos públicos para pedir informação, enquanto 38 por cento fizeram download de formulários. Em Portugal o número de empresas que recorreu aos sites da Administração Pública rondou os 45 por cento.



Ao nível individual a razão mais comum para recorrer aos sites da AP é novamente a recolha de informação - para 21 por cento dos inquiridos - seguida da obtenção de formulários, resposta dada por 10 por cento dos inquiridos.



O documento analisa ainda o nível de sofisticação dos serviços públicos online. Nesta categoria Portugal classifica-se num patamar onde a maioria dos serviços permitem apenas interacção unilateral, quer nos serviços dirigidos ao cidadão, quer nos serviços dirigidos às empresas.



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